Diante dos casos da doença misteriosa que atinge a Bahia e o Ceará,
estados que fazem divisa com Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde
(SES) emitiu um alerta às unidades médicas. Elas deverão notificar e
investigar, em até 24h, quaisquer casos que apresentem dor muscular extrema, insuficiência renal e urina de cor preta, assim como características clínicas semelhantes.
Até o momento, duas pessoas morreram
com suspeita de ter contraído a doença, na Bahia. Outras 53, incluindo
doentes do Ceará, registraram sintomas parecidos: dores musculares que
começam no pescoço e irradiam para o resto do corpo, além da urina
escura
“A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco informa que tem se
mantido alerta em relação à ocorrência de casos suspeitos de mialgia
aguda a esclarecer em alguns estados do Nordeste. Por meio da Rede de
Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Rede CIEVS),
a SES-PE acompanha e mantém toda rede de serviços de atenção e
vigilância do Estado atualizada da evolução desses eventos”, diz em
nota.
Pesquisadores brasileiros e americanos tentam desvendar o mistério.
Porém, os quatro laboratórios do Brasil e um dos Estados Unidos ainda
não têm previsão de quando terão as respostas. Eles não sabem quando
irão concluir aa amostras de sangue que foram coletadas.
A suspeita de que a doença é provocada por uma toxina de peixes
encontrados no Litoral Norte baiano já está descartada. Entretanto, uma
das principais hipóteses é que a contaminação tenha origem em um vírus
encontrado nas águas sujas dos esgotos, nas fezes. Um vírus da família
da hepatite A.
O parechovírus foi encontrado nas últimas análises feitas no
laboratório do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da
Bahia. Contudo, o que intriga os pesquisadores é que não há relatos de
mortes relacionadas a este vírus. Geralmente, o paciente fica internado,
mas sem risco de morte.
Por G1 PE
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