domingo, 11 de março de 2018

UM ANO DEPOIS, TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO JÁ RETIRA 1 MILHÃO DE COLAPSO

Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Foi aos 45 minutos do segundo tempo. Após seis anos de seca, o açude Boqueirão, única fonte de abastecimento de Campina Grande (PB), registrava apenas 2,9% de sua capacidade —o nível mais baixo desde a inauguração, em 1957, pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
“Só tinha água duas vezes por semana. Enchia uns bocados de baldinho, porque não podia comprar a caixa-d’água”, lembra a pensionista Teresinha Peres, 77. “E cheirava horrível, tinha um mau gosto.”
À beira do abismo, a ansiedade dos campinenses era enorme quando a água do São Francisco chegou ao Boqueirão, em 18 de abril de 2017. Levou 38 dias para encher os 110 km de leito seco do rio Paraíba entre o açude e o final do canal da transposição do Eixo Leste, inaugurado um ano atrás.
Não havia plano B. “É quase impossível imaginar o atendimento de Campina Grande com carro-pipa”, diz Ronaldo Meneses, gerente regional da Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba). “Teria sido o caos. A transposição chegou no momento do quase colapso.”
O impacto foi rápido. No fim de agosto, mesmo sem chuvas, o açude Boqueirão saiu do volume morto (8,2%), encerrando 33 meses e 19 dias de racionamento, o mais longo da história campinense, e agora tem 15,8% da capacidade.
Hoje, a terceira maior cidade do semiárido (410 mil habitantes) e outros 32 municípios da Paraíba e de Pernambuco estão com o abastecimento de água normalizado, beneficiando 1 milhão de pessoas, segundo o Ministério da Integração Nacional.
Além de água todo dia, Peres elogia a pressão forte e o gosto doce. Já o balde maior ganhou outra função. “Agora, está com as bonequinhas da minha neta.”
Mas nem todos foram beneficiados. Por falta de encanamento ou por estarem fora do alcance do Boqueirão, algumas comunidades rurais e cidades menores da região mantêm a dura rotina da seca. É o caso de Puxinanã, a 16 km de Campina Grande.
“A água é um sacrifício”, diz a agricultora Jéssica Silva, 18, que mora no sítio do pai, com oito irmãos e 11 sobrinhos, além do próprio filho. A 3 km dali, uma linha invisível os separa da água do São Francisco. “Vem da bica, pelos telhados [captação da chuva]. Quando a seca bate, a gente tem de comprar de carro-pipa”, afirma Jéssica, ao lado da cisterna, que armazena água para toda a família e os animais.
Puxinanã não receberá água do São Francisco. O município integrará outro sistema, a barragem de Camará, que tem níveis baixos desde o seu rompimento, em 2004, e atualmente passa por reformas, segundo a Cagepa.
A expectativa agora é com a conclusão do Eixo Norte, que levará água a Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Deve ser entregue no segundo semestre, um atraso de seis anos. Ao todo, o Pisf (Projeto de Integração do São Francisco) custará R$ 9,6 bilhões aos cofres públicos, o dobro do previsto inicialmente pelo então governo do presidente Lula (PT)

ÁREA RURAL

No campo, o impacto tem sido menor. Com o abastecimento urbano prioritário e a captação no São Francisco abaixo da cota máxima por causa da baixa vazão, a irrigação está restrita a 0,5 hectare por agricultor, o equivalente a meio campo de futebol.
Segundo levantamento feito em novembro pela ANA (Agência Nacional de Águas), há 340 hectares irrigados pela transposição na Paraíba, de um total máximo de 500 hectares permitidos hoje.
Mesmo com o tamanho reduzido, muitos estão satisfeitos com a água doce do São Francisco, que substituiu os poços salobros. Está um paraíso, melhorou 100%”, diz o produtor de pimentão Jair Macedo, 45, de Barra de São Miguel (PB). Não é figura de linguagem: antes, o agricultor colhia metade das 500 caixas de pimentão que produz a cada 15 dias, usando um sistema de gotejamento. “A fruta é muito melhor, quase não tem desperdício.”
Para a colheita, Macedo emprega dez pessoas, a uma diária de R$ 50. A produção é embarcada num caminhão e vendida no Recife. Ele diz que a renda é suficiente para sustentar mulher e filho único.
Os beneficiados pela irrigação são a minoria. Para os produtores mais distantes da água do São Francisco, o alto custo e os desafios logísticos para instalar uma bomba e quilômetros de mangueira inviabilizam o acesso.
“Se eles botassem um chafariz do São Francisco aqui, as coisas ficariam boas”, diz o agricultor Inaldo de Souza, de Sumé (PB). Seus 110 hectares, usados principalmente para criar bode, estão a cerca de 3 km do rio Paraíba.
Ele diz que nunca foi orientado sobre como a transposição funciona. Para a casa, compra água de carro-pipa, enquanto os animais matam a sede com o líquido salobro e sujo de um poço artesiano.
Na avaliação de Salomão Medeiros, diretor do Insa (Instituto Nacional do Semiárido), a água do São Francisco, por ter alto custo, precisa ter um destino nobre —termo que, para ele, ainda precisa ser mais bem discutido.
Ele ressalta que o abastecimento urbano, prioritário, não separa domicílios de grandes fábricas (o parque industrial da região inclui a produção de Havaianas).
“E a produção de alimentos, a sobrevivência dessas pessoas?”, diz diretor do Insa, ligado ao Ministério da Ciência com sede em Campina Grande. “Você já ouviu falar que a água cessa para agricultura, mas você já ouviu falar que cessa para uma indústria?”
O superintendente de Regulação da ANA, Rodrigo Flecha, afirma que o Eixo Leste ainda funciona em fase de pré-operacional —ou seja, os agricultores, por ora, não pagam pela água. 
O impacto só poderá ser avaliado no longo prazo, com ajustes ao longo do caminho para os diversos usos, diz. “É preciso entender o Pisf não como um projeto imediatista, mas que vai se estruturando. E, à medida que isso ocorrer, dará segurança hídrica e mudará o panorama socioeconômico do semiárido brasileiro.”

Impacto Ambiental

MORRE AOS 94 ANOS NO RECIFE, O ARTISTA PLÁSTICO CORBINIANO LINS

Corbiniano morreu no sábado (10), em hospital no Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)

O artista plástico Corbiniano Lins morreu na noite de sábado (10), no Hospital Albert Sabin, na Ilha do Leite, na área central do Recife. Ele tinha 94 anos e estava internado por causa de uma série de problemas de saúde. Nascido em Olinda, na Região Metropolitana, o desenhista, pintor e escultor teve obras expostas em vários países da América Latina, Europa e Oriente Médio.

Segundo familiares do artista, Corbiniano sofreu um infarto na sexta-feira (9). Ele também apresentava um quadro de inflamação em alguns órgãos.

O velório teve início na manhã deste domingo (12), no cemitério Parque das Flores, na Zona Oeste da capital. O enterro está marcado para as 16h.

Para o filho de Corbiano Lins, Sandro Corbiniano, o artista deixa um legado importante, pois teve uma carreira plural e contemporânea. Trabalhou com vários tipos de materiais, como tapeçaria, vidro e cobre.

"Ele é um dos artistas que mais tem trabalhos no Recife. Fez parte de uma geração que conseguiu a criação de uma lei que obriga a instalação de obras de arte em prédios na cidade", observou.

História
José Corbiniano Lins nasceu em 2 de março de 1924. De acordo com a biografia postada no site da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), ele despertou para as artes ainda criança. Aos 8 anos, costumava copiar desenhos, quadros e gravuras.
Obras de Corbiniano foram expostas em vários países (Foto: Reprodução/TV Globo)

O artista estudou na escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco, que depois se tornou escola técnica (Cefet) e hoje é o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).

Em 1948, ajudou a fundar a Sociedade de Arte Moderna do Recife (SMAR), com artistas como Abelardo da Hora, Samico e Reynaldo Fonseca. No ano seguinte, Corbiniano participou do salão oficial do Museu do Estado de Pernambuco.

DOMINGO: DIA DE SAUDADES, POEMA DE TONY XAVIER

Poeta, Tony Xavier

DOMINGO: DIA DE SAUDADES
Autor: Tony Xavier - o poeta do povo

Hoje é dia de domingo
E tudo isso é saudade
Dos passeios e lembranças
Quando em minha mocidade.
Logo cedo em Barreiras,
Eu estava lá na feira,
Cheio de felicidades.

Adolescente e feliz
Sempre ao lado de amigos
Em um lugar sem maldades
Nem sonhava com perigos,
Que falta hoje me faz,
Daqueles tempos atrás,
Parece ser um castigo.

Hoje tudo é diferente
Já não temos liberdade
Andamos desconfiados
Devido tantas maldades
O mundo tá uma doideira,
Ah! se voltasse Barreiras,
Pra minha felicidade.

Á essas horas lá na feira
Era aquela animação
Junto com os meus amigos
Perto do Bar de Carrão.
Em um bar era rotina,
Nós  tomava cajuína
Com tira-gosto de Pão!

Mais tarde ia pra casa
Numa viagem legal
Porém, voltava a tardinha
Domingo, era especial.
A tarde era completa,
Eu ia de bicicleta,
Pra vê o Colonial.

Alguns dias da semana
Mesmo não tendo a feira
Lá tava eu novamente
Andando a tarde inteira.
Foi sempre o que mais fiz,
Pois lá, eu era feliz,
Meu lugar era Barreiras!

Domingo: dia de Saudades
Por Tony Xavier, o poeta do povo
Blog Petrolândia em Foco

COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE ROSIANE XAVIER

Salete, Katiane, Eurides e Rosiane (Família Xavier)
Na tarde deste sábado (10) a super gata Rosiane Xavier, comemorou mais um ano de vida com muita alegria e ao de familiares e amigos no Centro Aquático Katiane Xavier, no centro da cidade.

Muita alegria, música e descontração, marcaram a tarde daquele sábado que certamente ficará na história. Parabens para Rosiane Xavier e para todos aqueles que estiveram presentes no grande evento de aniversário. Veja Fotos:
Eurides, Salete, Rosiane, Lidiane e Katiane. (Famíla Xavier)
Salete, Rosiane e Eurides, (Família Xavier)
Eurides, Salete, Lidiane e Katiane. (Família Xavier)
Salete e J. Santos
Salete, Rosiane e Eurides.
Salete Xavier

Redação do Blog Petrolândia Em Foco
Fotos: Reprodução Facebook

BOM DIA PETROLÂNDIA, BOM DIA FAMÍLIA BRASILEIRA

 Cajueiros
 Maniçoba
Feijão de Corda
Numa belíssima sinfonia durante todas as manhãs no nosso querido sertão nordestino, a passarada em festa, anuncia a chegada de mais um dia que está nascendo.

Essa alegria dos pássaros contagia os corações de todos os sertanejos que agradecem á Deus por mais um dia que está chegando. Um bom dia para todos, e que Deus ilumine a todos nós!

Redação do Blog Petrolândia em Foco
Fotos: Tony Xavier