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Não está mais na conta da rede social Instagram de Neymar, 27, o vídeo em que o jogador se defendeu da acusação de estupro que recebeu. Na publicação, ele havia mostrado o que seriam conversas de WhatsApp com a suposta vítima nas quais há imagens dela nua ou seminua -com borrões no rosto e em partes íntimas-, o que motivou a abertura de um inquérito pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI), da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O vídeo havia sido divulgado pelo atleta no último sábado (1º), dia em que noticiada a informação de que ele acusado de estupro. A ideia do atacante era mostrar que a mulher, cuja identidade foi preservada no boletim de ocorrência, havia o tratado normalmente após a data em que afirma ter sido estuprada, 15 de maio.
O artigo 218-C do Código Penal tipifica como crime "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir ou divulgar por qualquer meio -inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática- [...], sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia".
Advogados como o professor de direito digital Luiz Augusto Filizzola D'Urso, da FGV, não veem o caso de Neymar enquadrado nessa situação, já que as imagens estão borradas, mas o delegado do DCRI, Pablo Sartori, pretende ouvir o jogador e fazer uma perícia em seu telefone, fazendo o mesmo com a mulher e seu aparelho.
Paralelamente a essa investigação, há o inquérito referente ao próprio suposto estupro, que corre em São Paulo. O boletim de ocorrência foi registrado na última sexta-feira (31), na 6a Delegacia de Defesa da Mulher, na capital, no bairro de Santo Amaro. O suposto crime teria ocorrido na França, mas, como as partes envolvidas são brasileiras e o BO foi feito no Brasil, a investigação pode ser feita no país
A mulher que fez a acusação diz ter conhecido Neymar pelo Instagram e o encontrado no hotel Sofitel Arc Du Triomphe, em Paris, no dia 15 de maio. Ela afirma que o jogador apareceu embriagado, tornou-se agressivo e, mediante violência, teve relação sexual contra sua vontade.
Neymar nega a acusação e diz ter tido relações consensuais com a mulher e diz ter sido vítima de uma armadilha.
"O que aconteceu nesse dia foi uma relação entre homem e mulher, dentro de quatro paredes, algo que acontece com todo casal. No dia seguinte, não aconteceu nada demais, a gente continuou trocando mensagem", declarou.