Foi da pior maneira possível que colegas do soldado Wesly Soares descobriram, no final de março (28), que o PM da Bahia precisava de ajuda. Não conseguiram perceber a tempo que o policial sofria a ponto de sair do controle, atirar para o alto em meio a gritos desconexos, e ser morto como um terrorista.
Para tentar evitar tragédias como essa e tantas outras ocorridas em silêncio nos quarteis país afora, a Polícia Militar de São Paulo desenvolveu uma cartilha, a ser distribuída para toda a tropa, para ajudar os policiais a identificar colegas com necessidade de ajuda e contribuir para que eles possam recebê-la.
"Há uma rede para assisti-lo. Mas ele precisa chegar à essa rede, e esse é o objetivo da cartilha", disse o major Mario Kitsuwa, subchefe do Caps (Centro de Atenção Psicológica e Social) da PM paulista, um dos criadores da cartilha de prevenção ao suicídio policial.
A iniciativa, ainda segundo ele, é capacitar os PMs de todos os níveis a identificar sinais de quando um colega precisa de ajuda e também saber o que falar para o parceiro com conversas suicidas.