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"Coloquei uma roupa hoje, após dias usando bermuda. Camisa limpa, barbeado, perfumado." Foi assim que o cantor Xororó, 64, da dupla com Chitãozinho, 67, deu as boas-vindas a nossa conversa online. Atrás dele, uma estante com livros, fotos e troféus. Não troféus comuns, mas Grammys .
Os irmãos se reuniram com jornalistas nesta quarta-feira (12) para falar sobre o lançamento de sua mais recente música, "Pássaros", apresentada pela primeira vez no palco do Domingão do Faustão, no último dia 18, e da live que os dois farão no próximo dia 21. O primeiro single do ano, a primeira live do ano.
"Uma injeção de ânimo maravilhosa em um ano muito difícil", afirma Chitãozinho sobre a canção que admite ter ouvido pela primeira já pronta, apenas na voz de Xororó, pelas redes sociais. "Me emocionei, ela é realmente impactante", afirma, "depois só coloquei a voz. Não é sempre que a gente encontra uma música como essa por aí."
Apesar de falar de liberdade, "Pássaros" não foi inspirada na pandemia e no isolamento social. Composta por Xororó e dois amigos, Tonny e Kleber, a inspiração vem de muito antes da Covid, há cerca de três anos, quando o cantor observava um gavião voando em sua fazenda. "Pensei 'que demais, que liberdade'", conta ele.
Xororó pensou, escreveu e logo acionou os dois amigos para a melodia. No final, o trabalho foi concluído no estilo pandemia: "A gente fez uma música à distância, sem se falar, eu fiz a letra sem ouvir a melodia e ele fez a melodia sem ouvir a letra. Uma das músicas românticas que mais gosto na nossa história, em 50 anos de carreira."