Horário de verão oferece 1 hora a mais de luz naturalDaniel Marenco/Fohapress
Adotado desde 1931, o horário de verão sempre dividiu os brasileiros: parte aprova 1 hora a mais de luz natural, enquanto outra parte reclama de acordar quando ainda está escuro (você gosta ou odeia o horário de verão? Vote na enquete abaixo).
Discussões à parte, o governo estuda extinguir o horário de verão já em 2017. A medida não provoca mais efeito significativo na economia e na redução de riscos de sobrecarga do sistema elétrico.
A manutenção do horário de verão, previsto para começar em 15 de outubro, deverá ficar a cargo de uma decisão política, considerando a questão cultural, e, em último caso, do desejo da sociedade brasileira. O governo fará uma enquete online para decidir sobre o assunto.
O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, explica que houve uma mudança de hábito da sociedade brasileira que inviabiliza economicamente o horário de verão. "Até algum tempo atrás, o momento de pico surgia no início da noite, das 17h às 20h, porque era um horário que conjugava alguma atividade industrial e empresarial com a iluminação pública e o acender das luzes nas residências, uso de chuveiro elétrico e coisas desse tipo", lembra.
— De uns anos para cá, o perfil de consumo diário de energia foi se modificando, de tal maneira que hoje em dia o que se observa é que o pico de consumo não necessariamente ocorre mais no início da noite e sim no meio da tarde. Ele ocorre geralmente pouco antes de 15h até 17h. Depois cai um pouco e, quando chega próximo das 18h, volta a subir para a mesma altura de 15h às 17h.