© Gilvan de Souza / Flamengo
O presidente Eduardo Bandeira de Mello vive um momento delicado no Flamengo. Como se não bastasse o turbilhão político por conta da eleição rubro-negra em dezembro, o fato de ser candidato a deputado federal gera acusações e até pedidos de impeachment nos conselhos do clube. Na última sexta-feira (22), o conselheiro Tulio Rodrigues formalizou mais uma solicitação de punição ao mandatário.
Segundo o relatório do associado, Bandeira fere sistematicamente alguns artigos do estatuto do Flamengo na campanha para deputado. O presidente tem utilizado o nome do clube em discursos, comícios e até na propaganda eleitoral gratuita.
Tal fato configuraria o uso da instituição para fins políticos, segundo o denunciante. A manobra poderia acarretar suspensão por 360 dias ou eliminação do quadro, de acordo com o estatuto do Flamengo.
Uma comissão de inquérito será nomeada pelo Conselho Deliberativo e terá o prazo de 60 dias para elaborar o parecer sobre a conduta do atual presidente. Com cerca de três meses de mandato pela frente, as chances de impeachment são remotas por conta do longo processo.
No entanto, o documento solicita urgência no caso e pede punição ao presidente. Caso o trâmite demore mais do que o esperado e ultrapasse o fim da gestão, Bandeira terá os seus direitos políticos avaliados pelo Conselho de Administração.