Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
A pluma de rejeitos de minério que vazou da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, avança, sem trégua, pelo Rio Paraopeba. A preocupação de ambientalistas e moradores ribeirinhos é que, sem medidas efetivas para barrar os rejeitos de ferro, a lama tóxica chegue ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, construída no leito do Rio São Francisco, com enorme potencial para provocar danos à pesca, ao turismo e à vida dos ribeirinhos.
“Rezamos para que essa lama não chegue ao reservatório de Três Marias. Mas, se chegar (à represa), os prejuízos serão irreparáveis”, afirma o presidente da Federação dos Pescadores e Piscicultores de Minas Gerais, Valtinho Quintino da Rocha
No lago da usina de Três Marias labutam cerca de 5 mil pescadores e mais de 140 piscicultores, que lidam com a produção de tilápias em tanques-redes, ofertando 200 mil toneladas de peixes por ano. Logo depois do rompimento da barragem de Brumadinho, foi anunciada pelas autoridades que uma alternativa para impedir a chegada lama de rejeitos ao reservatório do Rio São Francisco seria conter os resíduos na Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, construída no Rio Paraopeba, entre os municípios de Pompeu e Curvelo, na Região Central do estado, a 300 quilômetros do local da catástrofe.