Paulo Câmara, Governador de Pernambuco Foto: (foto: Julya Caminha)
Em conversas com auxiliares, o governador Paulo Câmara tem adotado, nos últimos dias, uma expressão que já vem sendo aplicada no Ceará para descrever a nova fase que Pernambuco enfrentará no combate ao novo coronavírus: o "isolamento social rígido". A pessoas próximas, o socialista disse considerar o termo o mais "apropriado" para descrever o momento em que restrições serão intensificadas.
A interlocutores, ele tem realçado que não se trata de um "lockdown" e cita uma "grande diferença" entre o fechamento total, designado pelo termo em inglês, e o quadro de "isolamento rígido", ao qual terá que recorrer no Estado: agências bancárias seguirão funcionando. Integrantes do governo relatam, à coluna, que o governador tem repisado duas coisas.
A primeira é que "a população mais pobre não pode ser penalizada", referindo-se à manutenção dos bancos em atividade. Em reserva, um palaciano observa que, no mínimo, caso se optasse pelo lockdown, o volume de pessoas nas agências da Caixa Econômica Federal, por exemplo, não poderia ser mantido. A segunda questão na qual o governador tem insistido é o seguinte: serviços essenciais serão mantidos. Aí, estão incluídos: alimentação, farmácias, bancos. "Isto não tem como proibir", cravou Paulo Câmara em reunião sobre o tema, segundo presentes. O acesso aos serviços essenciais estará permitido, mas não haverá liberdade, segundo uma fonte palaciana explica, para, por exemplo, a pessoa morar em Boa Viagem e recorrer a uma farmácia em Olinda.