terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Maracanã poderá deixar de ser administrado pelas empresas Odebrecht, AEG e Imx


Um dos principais estádios do Brasil, o Maracanã, poderá ter uma nova administração em 2015 e deixar de ser administrado pelas empresas Odebrecht, AEG e Imx. Isso porque, segundo alerta da Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Rio de Janeiro, deverá acontecer uma nova licitação por conta da redução do valor do aluguel do estádio, que passou de de R$ 775 milhões para R$ 281 milhões.

Com isso, de acordo com o governador Luiz Fernando Pezão, as empresas que ficaram de fora na primeira concorrência teriam condições de entrar em uma nova, porque as garantias a serem apresentadas passam a ser menores. A alteração se dá por conta da desistência do Governo em demolir o estádio de atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio de Lamare, do Museu do Índio e da Escola Municipal Friedenreich.

Durante a posse dos novos secretários nesta segunda-feira (5), no Palácio Guanabara, Pezão comentou o assunto. "Mudou muito o escopo da licitação do Maracanã. Estamos discutindo com a Procuradoria Geral do Estado se poderíamos manter a licitação. Havia investimentos ali de R$ 600 milhões. Mas já que não vai fazer o novo Júlio de Lamare, o novo Célio de Barros. Era previsto ainda a construção de um shopping e de um estacionamento. Nada disso vai dar para se fazer, pois se optou por recuperar o Júlio de Lamare e o Célio de Barros. Estamos vendo se isso pode ser mantido. As obrigações de contrato caem de R$ 594 milhões para R$ 100 milhões. Será que com esse valor outras empresas que ficaram de fora não entrariam? Eu pedi oficialmente para a PGE dar seu parecer" explicou.

A reforma do Júlio de Lamare e do Parque Aquático sediarão um evento-teste para os Jogos Olímpicos em novembro, o que pode complicar ainda mais a situação. Uma nova licitação pode demorar meses, já que é preciso fazer um estudo de viabilidade econômica do Maracanã. Também será necessário refazer o edital e todo o processo — que em 2013 durou três meses. Só depois disso, as obras do Maracanãzinho e do Parque Aquático poderiam começar. E faltam 19 meses para os Jogos Olímpicos.
 
Com o pedido de readequação do contrato, o governo deixará de receber R$ 494 milhões em obras e algumas delas terão de ser feitas com o dinheiro público. Na reforma que fez no Maracanã, entre 2010 e 2013, o Estado do Rio gastou R$ 1,26 bilhão, sendo que R$ 400 milhões foram investidos através de um financiamento do BNDES, que deverão ser pagos
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Por: Redação Bocão News/Fotos: Reprodução
BLOG DE TONY XAVIER

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