sábado, 21 de fevereiro de 2015

Preço da cesta básica continua subindo em Petrolina, no Sertão


Consumidores fazem compras em supermercado de Barra Mansa (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Pesquisadores devem pesquisa antes das compras
(Fotos:/Reprodução TV Rio Sul)

O feijão, o tomate e a carne continuam sendo os responsáveis pelo aumento do preço da cesta básica em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, que em janeiro chegou a custar R$ 270,61. Um trabalhador que recebe um salário mínimo no valor de R$ 788, gastou 33,5% da renda com aquisição dos produtos alimentícios, restando apenas 523,81 para gastar com as demais despesas, como moradia, saúde, transporte, vestuários e serviços pessoais. A inflação na cidade ficou no percentual 1,20%. O Índice da Cesta Básica (ICB) é feita mensalmente pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape).

Segundo o professor João Ricardo, coordenador da pesquisa, a explicação para a elevação dos preços dos produtos, que acompanham a tendência do ano anterior, é a falta de chuva em diversas regiões do país, o que termina inflacionando o valor de vários produtos, entre eles o feijão e o tomate. “Temos muitas regiões enfrentando problema com a seca e se não chove, não produz e são produtos que dependem do clima. Já em relação a carne, exportamos muito e agora tivemos o retorno”.

O coordenador alerta que os consumidores precisam ficar atentos aos preços dos produtos e as datas  que estão comprando. “É importante ver a data que vão fazer as compras, porque no início e no final do mês, quando os trabalhadores recebem os salários, os estabelecimentos costumam retirar as ofertas e os produtos ficam mais caros. Os dias mais aconselháveis para fazer compras é na segunda, terça e quarta-feira. Também é importante não comprar tudo de uma única vez. A feira semanal é a mais indicada”.

Poder aquisitivo

O aumento do salário mínimo em janeiro eleva o poder aquisitivo das famílias do Vale, mesmo com a inflação do período. Por outro lado, se compararmos janeiro de 2014 com janeiro de 2015, o consumidor gastou uma parcela muito maior da renda com alimentos, do que no ano anterior. 
"Mesmo tendo o aumento do salário mínimo, para repor as perdas com a inflação, quando fazemos as compras não foi o suficiente porque gastamos mais com alimento do que no ano passado. Assim, os dados indicam que o consumidor da região perdeu poder aquisitivo”, explica João Ricardo.

Taísa Alencar-G1 Petrolina
BLOG DE TONY XAVIER

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