quarta-feira, 4 de março de 2015

Gesto de Renan: reação a seu nome na lista



O Palácio do Planalto enxergou motivações políticas na decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, em devolver a medida provisória que revê desonerações da folha de pagamento de vários setores da economia. 


Nas palavras de um auxiliar da presidente Dilma Rousseff, Renan decidiu dividir o noticiário no dia em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

Integrantes do governo avaliam que Renan decidiu reagir porque não teve uma ação do governo para impedir a inclusão do nome dele no pedido de abertura de inquérito feito pelo PGR. Assessores do Palácio do Planalto confirmaram durante o dia que Renan Calheiros e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estavam na lista de Janot e já tinham sido comunicados por emissários do próprio governo. 


Já aliados de Renan, avaliam que a reação do presidente do Senado foi motivada pelo movimento do Planalto de aproveitar os desdobramentos da Operação Lava Jato para enfraquecer o Legislativo e, com isso, recuperar o controle da pauta no Congresso Nacional. 

Ao mesmo tempo, o grupo de Renan reconhece que o presidente do Senado fez um gesto para a oposição ao devolver a MP. E agora, tenta criar um novo grupo político no Congresso Nacional para ter aliados durante este período de investigação de políticos. 

Além disso, o PMDB começa a dar sinais explícitos de afastamento não só do PT, mas também do Palácio do Planalto. O partido aposta que a queda acentuada da popularidade de Dilma Rousseff terá reflexo imediato em movimentos de rua nas próximas semanas. “Esse não é o momento de ficar carregando o caixão. O PMDB está cansado de só ser chamado para apagar incêndio”, desabafou um cacique do partido


Blog de Gerson Camarotti
BLOG DE TONY XAVIER

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