Dilma discutiu o assunto no final de semana com um grupo de ministros e dirigentes de bancos estatais. O blog ouviu um dos participantes da conversa. Segundo suas palavras, o que a presidente pretende é “virar a página''. Dilma quer mudar de assunto. Deseja esboçar um quadro que comece a sinalizar para o cenário pós-crise econômica e moral. Plantados agora, os projetos começariam a dar frutos no final de 2016.
O que atrapalha as boas intenções de Dilma são os fatos. Noutros tempos, as empreiteiras pilhadas na Operação Lava Jato seriam as primeiras a se interessar pelo novo pacote de privatização de empreendimentos públicos de Dilma. Hoje, elas não têm nem caixa nem saúde jurídica para tomar parte do processo. Que contrapartidas o governo oferecerá para atrair novos investidores? Dilma conseguirá lidar com o capital estrangeiro sem fazer cara de nojo?
O que o governo tenta fazer agora em reação à conjuntura adversa é o que deixou de fazer no primeiro mandato de Dilma por convicção, compromisso e precaução. A presidente talvez tenha se dado conta de que não dá para atrair dinheiro privado apertando o nariz dos donos. Mas a ficha pode ter demorado a cair. Dilma já não escreve o enredo do seu governo sozinha. A Procuradoria e o
Judiciário também desejam virar a página. Só que para trás. E o retrovisor mostra personagens como João Vaccari Neto e Renato Duque, denunciados novamente nesta segunda-feira por lavagem do dinheiro sujo extraído da Petrobras.
Por: Blog do Josias de Souza
BLOG DE TONY XAVIER
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