sexta-feira, 3 de abril de 2015

Dilma discute agenda que a retire da defensiva


Incomodada com as pesquisas que aproximam o seu prestígio do chão, Dilma Rousseff discute com auxiliares uma estratégia de redução de danos. Passa pela adoção de providências que a retirem da condição de chefe de um governo monotemático. Hoje, só fala de arrocho fiscal. Deseja tratar de temas que sinalizem seu compromisso com a retomada do crescimento da economia.
A pauta de Dilma inclui, por exemplo: simplificação da estrutura tributária do país, desburocratização do processo de abertura e fechamento de empresas, estímulos à formação de fundos privados de investimento em infraestrutura e aceleração das concessões à iniciativa privada de rodovias, portos, hidrovias e aeroportos. Por ora, há nessa agenda mais vapor do que energia. Porém…
Dilma parece abrir os olhos. Começa a enxergar que, além de consertar os erros que cometeu no primeiro mandato, precisa vender esperança. No momento, exibe uma retórica espanada. Passa seus dias repetindo que: 1) fará o que for necessário para ajustar as contas, 2) a corrupção na Petrobras começou sob FHC e só aparece agora porque seu governo investiga, 3) governará para todos os brasileiros.
Depois, dedica-se a: 1) reclamar das conspirações anti-ajuste dos investigados Renan Calheiros e Eduardo Cunha, 2) constatar que a satanização de FHC já não significa nada, e 3) e ler pesquisas que indicam que o brasileiro volta ao asfalto porque até os eleitores petistas já estão de saco cheio.
Como se fosse pouco, Dilma ainda tem de provar para o mercado financeiro que não odeia o ministro Joaquim Levy (Fazenda), digerir as críticas que Lula lhe faz pelas costas e repetir à exaustão que, no escândalo da Petrobras, ela é apenas uma cega atoleimada, não uma cúmplice. Essa rotina conduz ao desastre. E Dilma passou a acreditar que, empinando a agenda da esperança, chega às Olimpíadas de 2016 com o filme menos queimado.

Por: Blog do Josias de Souza
BLOG DE TONY XAVIER

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