Arthur, que tem 27 anos de trabalho na área e já viajou por todo o país, disse estar completamente assustado com o que viveu e deu detalhes do sequestro. "Quando eles nos abordaram renderam o segurança e motorista. De lá, nos levaram até Valéria e, no meio da favela, nos fizeram deitar na lama e de costas. Pensei o tempo todo que ia morrer. Por mais de uma vezes dispararam contra nossa cara, mas a bala não saiu. Um deles dizia o tempo todo _ 'Vamos matar só um'", contou.
De acordo com o produtor, após a tortura psicológica e agressões, os bandidos decidiram liberar os músicos "e ainda nos informaram como sair de lá. Eram todos de Valéria e sabiam que éramos da banda Ponto porque na van cantaram nossas músicas. Foi assustador", afirmou.
Hospedados em um hotel na capital, Arthur disse que ele e os músicos ainda não conseguiram dormir e estão tentando decidir o que farão, "já que não temos condições de pensar, de fazer nada. Estamos muito abalados". Arthur aproveitou para criticar a assistência recebida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). "Assim que deixamos a favela parei no primero posto, perto de Valéria e um agente me disse que eu teria que conhecer alguém que soubesse de uma delegacia para eu prestar queixa. Achei um absurdo", disparou, sem ainda ter ido a uma delegacia para fazer o boletim de ocorrência. "Quem está nos dando assistência é o contratante, que está nos orientando e ajudando". disse.
Com relação ao que foi roubado pelos assaltantes, além dos pertences pessoais, eles levaram também cerca de R$ 11 mil do cachê. "O que importa é que estamos vivos. Foi um terror. Em vários momentos falavam em nos matar. Nunca vivi isso e graças a Deus estamos bem apesar de tudo", concluiu. A produção da banda vai analisar o pedido de ressarcimento do que foi roubado junto ao Estado.
Por: Caroline Gois
BLOG DE TONY XAVIER
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