sábado, 16 de maio de 2015

O verdadeiro nordestino, não abandona o Sertão. Literatura de Cordel

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A seca se aproxima
Mas o sertanejo é forte
A Deus ele pede sorte
Para tudo melhorar.
Se a chuva não chegar 
Vai faltar milho e feijão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
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Mora dentro do roçado
Sem reclamar do sol quente
A enxada sempre a frente
Mas não pára de lutar.
Seu instinto é batalhar
Pra se manter no sertão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
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Cria sempre uma vaquinha
E um cavalo bom de gado
Ás vezes preocupado
Nem para pra descansar.
Não quer ver nada faltar
Trabalha de pés no chão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
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Sai cedinho pra o roçado
Andando nas madrugadas
Calça e camisa rasgadas
É assim que sempre está.
Só a tarde vai voltar
Sem ter alimentação
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
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Não há riqueza no mundo
Que lhe tire desta terra
Vive nesse pé de serra
É ali, que sempre está.
O canto do Sabiá
Faz parte desta paixão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
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Cria Porco, cria Bode
Tem o Pato e a Galinha
Quando é de manhãzinha
Escuta o galo cantar.
É hora de levantar
Pra cumprir dura missão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.

Fotos: Tony Xavier
Texto do Poeta: Tony Xavier
BLOG DE TONI XAVIER

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