A afirmação "trinta dias antes do São João, as ruas já estão enfeitadas", por exemplo, lembra a magia não muito praticada na atualidade pelas famílias. Ruas como a Três de Maio, no Centro da cidade, não fazem mais parte de programações. Nesta via, de 1972 a 1993, seis irmãs da família Lira se dedicaram para que não faltasse o que a música registrou. "Era uma verdadeiro sucesso, animação, muita gente, muito público", conta Marinete Lira, a única delas que ainda é viva. "Principalmente quando é época de São João, tenho muita saudade", lamenta.
"Tem pra mais de 15 palhoções" é outro trecho que faz parte do passado. "A dança termina de manhã", diz a letra; não é assim atualmente. Para Walmiré Dimeron, apesar das mudanças, o São João não enfraqueceu. "Nós temos assistido, por exemplo, à renovação de ritmos com jovens integrando bandas de pífanos; trios de forró com uma linguagem moderna, mas com características - até na vestimenta e no repertório - bebendo no original de Gonzagão, de Onildo [Almeida]. (...) Creio que o São João de Caruaru vai continuar sendo a principal referência no quesito festa junina no calendário de eventos do Brasil", afirma.
Do G1 Caruaru
Fotos: Reprodução/TV Asa Branca
BLOG DE TONY XAVIER
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