A bancada do PT na Câmara se reuniu nesta sexta-feira 10 com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel – a primeira das visitas que os deputados farão a todos os cinco governadores do partido. O objetivo foi conhecer os projetos que vêm sendo realizados e se colocar à disposição das demandas do Estado no Congresso Nacional.
Minas foi a primeira escolha devida a "importância econômica para o País" e "dadas as circunstâncias" em que o Estado foi encontrado após 12 anos de governo do PSDB, nas palavras do líder da bancada, Sibá Machado (AC).
Ao 247, ele descreveu a percepção do grupo em relação à gestão de Pimentel. "Enquanto o Paraná trata os professores como 'Pátria espancadora', em vez de 'Pátria Educadora', aqui foi firmado um acordo histórico com os professores. Os reitores nunca tinham entrado no Palácio da Liberdade (sede do governo estadual), o governador se reuniu com movimentos rurais, está resolvendo a questão fundiária. Muita coisa está avançando nesses primeiros seis meses, muitas conquistas", contou o parlamentar.
A respeito da denúncia de superfaturamento no aditivo de um contrato firmado durante o governo de Antonio Anastasia (PSDB), que vem sendo investigado pela Controladoria Geral do Estado (CGE), Sibá afirmou que os deputados "não entraram muito nessas questões", mas avaliou que o governo "está pondo tudo em pratos limpos. Não vai jogar assunto dessa natureza para debaixo do tapete".
O líder da bancada também comentou a Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que tem Pimentel e sua esposa, Carolina Oliveira, como alvos. A PF investiga possíveis irregularidades nas finanças da campanha do petista ao governo estadual, no ano passado. Pimentel já negou irregularidades e já apontou abusos da corporação, que cumpriu mandados de busca e apreensão em seu antigo escritório eleitoral.
Na avaliação de Sibá Machado, a ação da PF é "resultado de um turno que não acabou das eleições". Segundo ele, Pimentel "está muito confiante, muito ciente de sua lisura", principalmente diante da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), que julgou improcedente ação contra Pimentel, de autoria do PSDB, que apurava suposto abuso de poder político no episódio ocorrido em setembro de 2014 no qual um vídeo mostrava o deputado estadual Durval Ângelo (PT) declarando que os petistas dos Correios ajudaram a conseguir votos para a presidente Dilma Rousseff e Pimentel.
"A verdade é que os tucanos estão com ódio duplo aqui em Minas Gerais, porque perderam duas vezes, primeiro para presidente e depois para o governo estadual", comentou o líder petista, sobre a derrota do senador Aécio Neves ao Planalto em 2014. Para ele, os movimentos recentes da oposição para tentar tirar Dilma do poder são "firula de perdedor". "O acreano, quando perde, a gente diz que é choro de surubim, que significa reclamar sem ter motivo", brinca o parlamentar.
A próxima visita da bancada será ao Acre, estado do líder, que é governado por Tião Viana. O encontro só acontecerá depois do recesso e, a partir de agosto, serão feitas visitas aos Estados da Bahia, Ceará e Piauí, uma vez por mês. Além de Sibá Machado, onze deputados visitaram Minas nesta sexta.
Gisele Frederico, do 247 - Blog de Tony Xavier
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