quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Literatura de Cordel: Homenagem ao Vaqueiro Nordestino

Não importa se o mato está molhado
Ou Mesmo se o sol estiver quente
Ele sempre é forte e valente
E não tá nem um pouco preocupado
Pula cerca atravessa o roçado
E nas costas carrega o gibão
Se protege com ás luvas nas mãos
Á toada é sempre o seu hino,
Á bravura do homem nordestino,
É o vaqueiro que brilha no Sertão
 
Quando busca o seu objetivo
Ele faz orações pra lhe dá sorte
Muitas vezes ele engana a morte
Mas precisa ser bom e muito ativo
Pra chegar tem que ser bastante vivo
E está sempre com Deus no coração
Muitas vezes um tombo leva ao chão
Mas precisa cumprir o seu destino,
Á bravura do homem nordestino,
É o vaqueiro que brilha no Sertão
 
 Há sempre um perigo na carreira
Mas faz parte também da sua luta
Seu trabalho é sempre uma disputa
Quando ele está na dianteira
Protegendo ás pernas, ás perneiras
Instrumento da sua profissão
Pra livrar do coice do barbatão
Não se pode nem deve ser mofino,
Á bravura do homem nordestino, 
É o vaqueiro que brilha no Sertão
 
Quando o sol lá na mata vai fugindo
Já é hora da volta do trabalho
Se livrando da árvore e do galho
Que na frente está sempre surgindo
Ás estrelas também estão saindo 
E ele segue a sua direção
Pra enfim, terminar sua missão
Com á disposição de umenino,
Á bravura do homem nordestino,
                     É o vaqueiro que brilha no Sertão

 Fotos: Acervo de Tony Xavier
Tony Xavier

Nenhum comentário:

Postar um comentário