A campanha de vacinação contra o papiloma vírus humano, o HPV, foi reforçada em Petrolina,
no Sertão de Pernambuco. Para atingir um maior número de pessoas,
algumas equipes de Estratégia de Saúde da Família estão marcando
reuniões em escolas, convidando os pais e responsáveis para falar sobre a
importância da vacina. A dose deve ser aplicada em maiores de 9 anos e
menores de 14 anos.
Segundo a coordenadora de imunização do município, Jeane Moraes, o
objetivo é sensibilizar as escolas, as alunas e conscientizar,
sobretudo, os pais e responsáveis. “Alguns pais acham que é uma forma de
incentivar a iniciação sexual. Mas não é. É uma forma de prevenção. E
nós temos a vacina, então deveria ter um interesse maior, uma procura
maior, para que essas meninas sejam imunizadas”, destaca.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, em 2014, durante a
aplicação da primeira dose, 100% das meninas compareceram. Já no
retorno, seis meses depois, apenas 36% voltaram às unidades de saúde.
“Essas meninas que não retornaram, não estão imunizadas. O esquema
vacinal é feito em três etapas: a primeira dose, seis meses depois
recebe um reforço e após cinco anos, é aplicada a última. Só assim o
corpo estará protegido”, explicou Jeane.
Em março de 2015 a Secretaria começou a aplicar novamente a primeira
dose. Apenas 66% do público-alvo compareceu, o que corresponde a 5.817
meninas. A segunda dose começou agora em setembro e ainda não há
registro oficial. A meta é imunizar 80% do grupo prioritário.
Quem ainda não tomou a primeira dose, pode ir até a Unidade Básica de
Saúde (UBS). As doses estão disponíveis em todas as salas de vacinação,
das 8h às 14h, na Zona Rural, e das 8h às 17h, na Zona Urbana.
A coordenadora reforça que como as vacinas podem ter sido aplicadas em
datas diferentes, cada menina deve ficar atenta a data de retorno, que é
de seis meses após a primeira. “Todas as meninas entre 9 e 14 anos
devem procurar a unidade básica. É uma vacina quadrivalente e só existe
na rede pública. É importante que as meninas tomem as três doses dentro
do intervalo preconizado pelo Ministério da Saúde, para que o organismo
fique protegido”, argumentou.
Taisa Alencar
Do G1 Petrolina
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