Michel
Temer disse que não vai mexer uma palha contra Dilma ou em favor do
impeachment (nem precisa: ela e seus assessores cuidam disso sozinhos).
1 - Mas num debate em São Paulo disse uma frase mortal, comentando os raquíticos índices de aprovação da presidente: "Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo". É verdade; Temer não disse nenhuma novidade. Mas ao pronunciar essa frase ele rompeu a barreira do silêncio, daquilo que todos sabem mas ninguém comenta. Não se imagine que o vice-presidente, um homem cauteloso, que pesa cuidadosamente suas palavras, tenha "deixado escapar" essa frase. Temer jamais deixou escapar frase alguma, jamais disse algo que não quisesse dizer. O que disse, em outras palavras, é que Dilma caiu. Só falta avisá-la.
2 - O PMDB trabalha em silêncio na busca de votos suficientes para aprovar o impeachment. Não tem, no momento, a maioria necessária para afastar a presidente. Mas já há votos para acolher o pedido de impeachment, discuti-lo e votá-lo. No cálculo do PMDB, o tempo joga contra Dilma: à medida que o Governo se enfraquece, mais gente troca de lado. Isso já aconteceu com o presidente Collor. Faz parte do instinto de sobrevivência dos políticos.
O conciliador Temer é, para eles, muito melhor que a intratável Dilma e seu PT dono da verdade.
1 - Mas num debate em São Paulo disse uma frase mortal, comentando os raquíticos índices de aprovação da presidente: "Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo". É verdade; Temer não disse nenhuma novidade. Mas ao pronunciar essa frase ele rompeu a barreira do silêncio, daquilo que todos sabem mas ninguém comenta. Não se imagine que o vice-presidente, um homem cauteloso, que pesa cuidadosamente suas palavras, tenha "deixado escapar" essa frase. Temer jamais deixou escapar frase alguma, jamais disse algo que não quisesse dizer. O que disse, em outras palavras, é que Dilma caiu. Só falta avisá-la.
2 - O PMDB trabalha em silêncio na busca de votos suficientes para aprovar o impeachment. Não tem, no momento, a maioria necessária para afastar a presidente. Mas já há votos para acolher o pedido de impeachment, discuti-lo e votá-lo. No cálculo do PMDB, o tempo joga contra Dilma: à medida que o Governo se enfraquece, mais gente troca de lado. Isso já aconteceu com o presidente Collor. Faz parte do instinto de sobrevivência dos políticos.
O conciliador Temer é, para eles, muito melhor que a intratável Dilma e seu PT dono da verdade.
Carlos Brickmann
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