quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Batata relembra clima de velório após a Batalha dos Aflitos

(Foto: Ivan Alecrim/Arquivo FolhaPE)
O dia 26 de novembro já era especial para o ex-zagueiro do Náutico Batata bem antes mesmo da Batalha dos Aflitos. Afinal, foi a data em que nasceu o ex-jogador. Por isso, de 2005 para cá, é impossível para Wanderley Gonçalves Barbosa – nome verdadeiro do aposentado atleta – comemorar o aniversário sem sentir uma ponta de tristeza. No dia do fatídico confronto do Timbu diante do Grêmio, há dez anos, Batata já pensava na festa em dobro: não só faria 32 anos, como também seria um dos responsáveis pela volta dos alvirrubros à primeira divisão. Desde então, o dia de seu aniversário virou também o dia de seu maior desastre profissional.
“O sentimento já era de tristeza. E, para mim, foi mais triste ainda, porque foi no meu aniversário. Não tinha como eu comemorar. Todo dia 26 de novembro eu vou lembrar sempre”, conta, desapontado, o ex-zagueiro, que lembra com detalhes do trágico episódio. “A gente estava confiante, pela qualidade do time que a gente tinha, que a gente ia sair vitorioso da partida e ia subir. A diretoria fez reunião com a gente no hotel, deu todo apoio. Aumentaram o bicho pelo acesso. Tudo o que eles poderiam ter feito para a equipe subir, eles fizeram”, recorda-se o ex-alvirrubro.
“Ali foi como uma luta de boxe. Você tenta dar um soco, aí o cara se esquiva e já vem um direto no queixo. Aí você não tem reação mesmo. Foi complicado. Era uma situação de desespero”, detalha Batata. “A gente trabalhou o ano todo para coroar o trabalho durante o ano. Fomos campeões pernambucanos no ano anterior. Demos seguimento ao trabalho para subir de divisão e tudo. Em questão de minutos, foi por água abaixo”, resume o então zagueiro do Náutico, que se viu sem palavras no vestiário alvirrubro.
“O clima era pior que o de um funeral. A gente chegou no vestiário e ia falar o quê? Explicar o inexplicável? A gente tentava arrumar uma explicação para aquilo tudo. Até depois de uma semana eu ficava pensando no jogo, nos lances. Até para dormir era difícil. Para sair na rua, encontrar um torcedor e ter que explicar era complicado. A vontade era de ficar em casa o máximo possível”, desabafa Batata, que, mesmo tendo uma carreira longeva no futebol, jamais presenciou episódio semelhante.
Via Blog de Primeira/Fonte: Fernando Barros/FolhaPE

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