segunda-feira, 23 de novembro de 2015

No Dia Nacional da Consciência Negra Petrolândia realiza o I Festival dos Negros de Betinho na Comunidade Quilombola Bordas do Lago

A Prefeitura Municipal de Petrolândia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Juventude e dos grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e da Casa das Juventudes, realizou, na tarde desta sexta-feira (20), na Agrovila 04 do Bloco 02 da Reta do Mirim, a comemoração do I Festival dos Negros de Betinho na Comunidade do Quilombo Bordas do Lago em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra.

O Evento contou com presença de várias autoridades: Municipais, Estaduais e Locais. O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) montou no local um stand onde ofertou serviços gratuitos de oficina em Pintura e beleza com cabeleiro para atender as mulheres locais já a Casa das Juventudes montou também seu stand com exposições de artesanatos diversos e telas confeccionadas com tinta acrílica e sementes de plantas e frutos, criadas pelos jovens da Casa das Juventudes e da Comunidade Quilombola da Bordas do Lago “Negros de Betinho”. 

A programação foi realizada próximo ao campo de futebol daquela localidade e iniciou com a apresentação de dança do Côco, Afro Axé, com integrantes da comunidade Quilombola Bordas do Lago “Negros de Betinho”. A dança do Côco, Afro Axé compõe-se de um conjunto de diferentes danças e dramatizações, que apresentam em comum a raiz negra africana. Recriada no Brasil, nas diferentes épocas e regiões, essa herança foi ganhando novos significados e expressões.  

Logo após teve a apresentação do grupo de dança da Casa das Juventudes o Balé Contemporâneo-Afro; O Balé Contemporâneo Afro iniciou com á dança Afro surgindo no Brasil no período colonial, foi trazida por africanos retirados do seu país de origem para realizarem trabalho escravocrata em solo brasileiro. Esse estilo de dança foi registrada primeiramente na composição de religiões africanas e começou a se fortalecer em meados do século X. 
Em seguida foi à vez dos participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), apresentar a dança Maculelê; O Estilo de Dança do Maculelê surgiu em um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena. O maculelê em sua origem era uma arte marcial armada, mas atualmente é uma forma de dança que simula uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música.

Na sequência foi á vez do grupo de Capoeira Embondeiro de Petrolândia se apresentar; A Capoeira foi desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas. Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade associada a dança.

Continuando as apresentações do I Festival dos “Negros de Betinho” Quilombolas da Borda do Lago, O Grupo de dança da Casa das Juventudes realizou uma bonita apresentação do Maracatu; O Maracatu Nação é uma manifestação da cultura popular brasileira, afrodescendente e de cunho religioso. Surgiu durante o período escravocrata, provavelmente entre os séculos XVII e XVIII, onde hoje é o Estado de Pernambuco, principalmente nas cidades de Recife, Olinda e Igarassu. Como a maioria das manifestações populares do país é uma mistura de culturas ameríndias, africanas e europeias.

Finalizando as apresentações os Índios da Aldeia Pankararus dançou o Toré convidando todos os participantes; Uma das principais tradições dos índios do Nordeste brasileiro, o toré – a princípio uma dança ritual –, foi incorporado atualmente ao movimento indígena da região como uma forma de expressão étnica e política. Manifestação cultural extensiva a diferentes grupos e por eles definidos como tradição, união e brincadeira, é um ritual complexo, que envolve uma dança circular, em fila ou pares, acompanhada por cantos, ao som de maracás, zabumbas, gaitas e apitos, de grande importância para os indígenas. Cada grupo possui um toré próprio e singular, apresentando variações de ritmos e toadas dependendo de cada povo. O maracá – chocalho indígena geralmente feito com  uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do toré é considerado o símbolo maior de resistência e união entre os índios do Nordeste brasileiro.

O evento foi finalizado com um jantar, ofertado para todos os participantes com especialidades de pratos da culinária nordestina.
Do(a) Prefeitura Municipal / Por: Assessoria de Imprensa

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