sábado, 19 de dezembro de 2015

66 dias de ócio

Raras  vezes temos visto  períodos politicamente tão tumultuados como os atuais. Tem de tudo, desde a prisão de montes de políticos e empresários, por corrupção, até entreveros envolvendo os presidentes da Câmara, do Senado, o vice-presidente da República e a própria presidente, além de partidos rachados  e a população exigindo o impeachment de Madame. No Congresso e no  ministério as regras do jogo mudam a cada instante e as queixas se multiplicam  diante  do desemprego em massa, da  alta dos impostos e do  custo  de vida, além  da redução de direitos sociais. O governo anda em frangalhos, sem dinheiro para custear suas despesas, ao tempo em que os estados vão à falência e nossa economia entra em queda livre.

Como estamos no Brasil, isso foi até  ontem, dia 18 de dezembro.  A partir de hoje, antecipa-se o recesso parlamentar, os tribunais superiores entram de férias, o Executivo  cruza os braços.  Pernas para o  ar que ninguém é de  ferro. A folga deveria durar poucos dias,  mas aí vem a surpresa: até  16 de  fevereiro o país  andará devagar, quase parando.  À preparação para as festas de Natal,  Ano Novo e as próprias, seguir-se-á  um  janeiro ocioso, só que nada de trabalhar na primeira semana de fevereiro, tempo de esquentar os tamborins, muito menos na segunda, de  Carnaval.
Resultado: para funcionarmos, mesmo, apenas a partir da metade do segundo mês do novo ano.  Serão 66 dias, a contar de hoje. Claro que a crise não vai se interromper, muito pelo contrário.  Apenas, como compensação, sem a contribuição de  Suas Excelências  para ficar pior...
Carlos Chagas

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