quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A política do japonês



Dilma, Temer, Cunha, Renan, Aécio, Lula - cesse tudo o que as antigas musas cantam. O político mais visível do Brasil, hoje, aquele cuja movimentação vale a pena acompanhar, nunca foi candidato, nunca apareceu nas inumeráveis tevês oficiais, tem o nome conhecido por poucos; famoso é o apelido, o Japonês da Federal. A política hoje passa por ele, por seus chefes, por promotores, juízes e ministros dos tribunais superiores. Os políticos tradicionais têm de esperar a vez. Só terá voz nos debates sobre os rumos do país quem estiver solto.

Numa só manhã, a de terça, a Polícia Federal atingiu a presidente Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o Criador de Postes e ex-presidente, Lula. Fora, por enquanto, só Michel Temer. Dilma teve dois ministros alcançados pela Operação Catilinárias, Henrique Alves e Celso Pansera; mais Édison Lobão, que foi seu ministro e também de Lula. Cunha teve busca e apreensão em sua casa de presidente da Câmara e em seu apartamento no Rio; Pansera foi ele que indicou; e o prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, Cunha desde criancinha, teve vasculhado seu apartamento na Barra da Tijuca (que morar em Nova Iguaçu não é para ele). Renan teve busca em apreensão na sede do PMDB em Maceió - sua fortaleza; mexeram com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o ministro Henrique Alves, cuja nomeação exigiu de Dilma para não virar oposicionista. Lula é o pai de quase todos, mas Sérgio Machado é filho predileto. 

Boas Festas! Mas não para eles.

Carlos Brickmann

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