quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Aécio faz discurso morno após anúncio de impeachment



Apesar de ter aderido de forma incisiva aos protestos dos grupos que pedem a saída de Dilma Rousseff da Presidência da República, Aécio Neves (PSDB-MG) fez um discurso morno, quase totalmente apagado, após o anúncio da abertura do processo de impeachment contra a petista, no início da noite desta quarta-feira (2).
Derrotado pela petista nas eleições do ano passado, Aécio, que nos últimos meses têm se dedicado a atacar o governo petista dia após dia, afirmou, de forma burocrática, não ter se surpreendido com a notícia, visto que, para ele, o texto protocolado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale é "extremamente consistente". 

"O que é importante que fique claro é que essa é uma previsão constitucional. E, para nós, da oposição, qualquer saída para este impasse em que a irresponsabilidade do governo do PT mergulhou o País se dará dentro daquilo que a Constituição determina", afirmou à imprensa, na noite desta quarta-feira (2).
"Portanto, recebemos esta decisão do presidente da Câmara [Cunha] com absoluta naturalidade. A peça produzida justifica essa decisão. Os prazos regimentais deverão ser observados. O amplo direito de defesa, também, preservado, mas o que eu posso dizer é que há um crescimento na sociedade brasileira para iniciarmos um novo momento no Brasil de retomada da confiança, de retomada dos investimentos, do crescimento e do emprego. Isso terá de ser feito sem o atual governo."
"Não é algo que me traga felicidade"
No discurso, Aécio procurou a todo momento reforçar o discurso de que pedidos de impeachment são constitucionais e que não há nenhuma ruptura com a ordem institucional a partir da aceitação do pedido de impedimento de Dilma, ao contrário do que brada a oposição. 

“Não é algo que me traga felicidade [o processo de impedimento]. Estamos cumprindo com o nosso dever. Eu sempre disse que não cabe à oposição definir se a presidente vai sair ou não do cargo, se haverá impeachment ou não. Não temos sequer número para isso. O nosso papel, e esse cumprimos adequadamente, é, em primeiro lugar, blindar as instituições. Garantir que o tribunal de contas cumprisse o seu papel, como cumpriu por maiores que fossem os constrangimentos do governo. Garantir que o TSE cumpra seu papel como vem cumprindo, investigando se houve dinheiro de propina na campanha presidencial. Esse é o nosso papel”, disse o senador mineiro.
Do portal IG – Marcel Frota

Nenhum comentário:

Postar um comentário