segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Agricultores do Pontal ocupam sede da Codevasf em Petrolina, PE

Agricultores ocupam a Codevasf em Petrolina (Foto: Amanda Franco/G1)
Cerca de 200 famílias de agricultores do projeto Pontal em Petrolina, no Sertão pernambucano, ocuparam na manhã desta segunda-feira (21) a 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Eles reivindicam a suspensão do pagamento das contas de energia que bombeiam a água do canal para os moradores.
Segundo os agricultores, a Codevasf determinou um prazo até 31 de dezembro deste ano para que houvesse o corte neste abastecimento. A Companhia teria informado aos presidentes das associações que não tem mais recursos para manter a distribuição da água gratuita. O vice-presidente da Associação de Amargosa, que integra o Pontal, Domingo Souza, disse que com o corte as famílias passarão por dificuldade. “Se cortarem esta água vai ser um processo difícil para estas comunidades, pois já cortaram os carros-pipa”, disse.
Agricultores ocupam a Codevasf em Petrolina e preparam almoço (Foto: Amanda Franco/G1)O agricultor destacou que os moradores querem pagar pela água, mas, segundo eles, a Codevasf disse que é preciso uma empresa para administrar a cobrança. “Queremos água e pagar por ela, desde que tenha uma empresa que administre isso. Até hoje, a água não era cobrada de ninguém”, afirmou.
A presidente da Associação dos Moradores de Uruás, Cleidmar de Souza, ressaltou que era preciso uma interferência por parte do governo municipal na gerência desta água. “Estamos aqui para entrarmos em uma conversa com a Codevasf para que eles pressionem o governo municipal para essa questão. Porque isso de gerenciar a água no município é da prefeitura. A Codevasf já construiu todas as adutoras. Entramos em contato com o governo municipal e eles se mostraram indiferentes à nossa situação”, afirmou.
A Codevasf deverá reunir-se com os agricultores às 14h ainda nesta segunda-feira. Porém, Domingos afirma que, caso não haja acordo, os agricultores pretendem permanecer nas depenências da Companhia.
Do G1/Petrolina-Foto: Amanda Franco-G1


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