Dos 15 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, onze já foram cumpridos e os detidos estão sendo encaminhados para a sede do Grupo de Operações Especiais (Goe), no bairro do Cordeiro, no Recife. De lá, os PMs serão conduzidos ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Paratibe, Paulista. Com as prisões, o Goe deverá concluir os inquéritos que serão remetidos à Justiça. Máquinas caça-níqueis, armas e dinheiro também foram apreendidos e levados para a sede da especializada.
De acordo com o delegado Joselito Amaral, da Diretoria Integrada Metropolitana, o grupo atuava em casas de jogos clandestinas instaladas em imóveis no Recife (Ibura, Boa Viagem, Pina e Torrões), na zona Norte da cidade e nos municípios de Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Segundo ele, os presos poderão responder pelos crimes de extorsão e corrupção ativa e passiva, entre outros.
De acordo com o coronel da Polícia Militar, Ailton Araújo, entre os PMs detidos há homens de diversos batalhões. Ele adiantou que as providências serão tomadas pelo comando da PM, que vai instalar sindicâncias para decidir se os policiais serão afastados da corporação. "Estamos surpreendidos. Esta não é uma conduta normal de um PM. Nos pautamos sempre pela legalidade e conduta ilibada e, às vezes, se faz necessário cortar da própria carne", declarou.
A operação Caça-níquel, coordenada pela Chefia de Polícia Civil, está sendo realizada por 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, 80 policiais militares, entre oficiais e praças, três bombeiros militares e dois peritos criminais. As investigações tiveram início em maio deste ano, presididas pelos delegados Manuel Martins e Derivaldo Falcão. O balanço total dos trabalhos será apresentado na manhã da próxima quarta-feira, no auditório da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Diário de Pernambuco
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