Gularte, que tinha 42 anos, foi executado na terça-feira (28) na prisão de Nusakambangan. Ele havia sido preso em 2004 no aeroporto de Jacarta com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe, e condenado à morte no ano seguinte. Parentes dizem que ele foi aliciado por traficantes internacionais devido ao seu estado mental.
Antes da execução, familiares e advogados tentaram convencer autoridades a rever sua pena e transferi-lo para um hospital após ele ter sido diagnosticado com esquizofrenia. Contudo, as autoridades da Indonésia decidiram pela execução. Além do brasileiro, foram fuzilados dois australianos, quatro nigerianos e um indonésio. Todos cometeram crimes relacionados ao tráfico de drogas.
"Daqui irei para o céu e ficarei na porta esperando por vocês", declarou Gularte no encontro final, disse à BBC Brasil o encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro, maior autoridade brasileira na Indonésia. Os disparos da execução foram acompanhados à distância uma prima de Gularte - Angelita Muxfeldt. Ela foi a última familiar a ver Gularte.
Já com a mãe, o último contato foi por telefone na segunda-feira (26). Clarisse, de 70 anos, havia visitado o filho em fevereiro e retornou ao Brasil. Na ligação, de 20 minutos, ele conversou também com a irmã.
Gularte foi o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado, também condenado à morte por tráfico de drogas.
Por: Erick Gimenes/G1 PR
Foto: Feliphe Abreu/RPC
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