sexta-feira, 17 de junho de 2016

Aliados de Temer: quem vai sobrar para 2018?


Como hoje é uma miragem política essa ideia de antecipar a eleição presidencial de 2018, estão se tornado cada dia mais frequentes em Brasília as seguintes perguntas. Quem vai sobrar? Quem estará em condição de concorrer a presidente?
Marina Silva (Rede) ainda terá de passar pelo teste da Lava Jato. Era vista como a principal potencial herdeira da atual crise, mas teve de responder à possibilidade de ser acusada na delação de Leo Pinheiro, da OAS. Ainda tem condição de jogo, mas sofreu, no mínimo, um arranhão. Ela negou ter pedido caixa 2 à OAS ou autorizado algum auxiliar a fazê-lo na campanha de 2010.
No PSDB, Aécio sofre novo revés na Lava Jato, com mais uma acusação de Sérgio Machado. Há rumores de que Serra será atingido por delações da Odebrecht. Os tucanos perderam cacife nas pesquisas eleitorais.
Lula (PT) poderá concorrer, mas, antes, precisará vencer suas batalhas na Lava Jato, o que não será fácil. Outros petistas, como Jaques Wagner e Fernando Haddad, seriam alternativas petistas, mas também teriam dificuldade diante da crise do partido.
Há o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, do PDT, que pode concorrer pela centro-esquerda. Um nome vindo do Judiciário, como o do ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa, sempre é lembrado, apesar de ele negar ter intenção eleitoral.
Entre os atuais governistas, o mais viável hoje, até pela distância da Lava Jato e da política eleitoral, é Henrique Meirelles, ministro da Fazenda. Se o governo Temer superar as crises política e econômica, Meirelles poderá ser o herdeiro do atual campo governista. Foi candidato pela última vez em 2002, quando se elegeu deputado federal. Mas abriu mão do mandato para virar presidente do Banco Central na administração Lula.
Aliás, Meirelles é amigo de Lula, que queria indicá-lo para ministro da Fazenda de Dilma, o que acabou sendo feito por Temer. Se o petista ficar fora do jogo em 2018, Lula não trataria Meirelles como inimigo. Mas o ministro da Fazenda ainda tem uma dura missão a executar e adversários de governo a superar. Logo, não será uma candidatura fácil. É grande a incerteza que a Lava Jata produz a respeito da sucessão presidencial de 2018.

Blog do Kennedy 

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