No Governo, conseguiu romper até com o PMDB, jogando-o na oposição. Levou Joaquim Levy para a Fazenda, para cuidar de um plano tão rudimentar quanto o de Palocci, mas bloqueou seu trabalho e entregou-o às feras. Da oposição? Não, da situação. Até o presidente nacional do PT, Rui Falcão, malhou Levy. As mais delicadas e amestradas centrais sindicais, aquelas cuja maior divergência era responder "sim" ou "sim, senhora", morderam os calcanhares do Governo. Passeatas de esquerda, como a do Passe Livre, foram substituídas por protestos que pavimentaram o impeachment.
Por ela, dizem hoje João Santana e Mônica Moura, mentiram à Justiça. Não queriam ajudar o impeachment. Era desnecessário: ela tinha Lula a seu lado, se recusou a ouvi-lo, e o jogou no meio da crise com a ideia, que achou ótima, de nomeá-lo ministro. Caixa 2? Não sabia de nada, claro.
Dilma, a Éris de hoje, põe a culpa nos outros. Mas vai pagar por ela.
Carlos Brickmann
Nenhum comentário:
Postar um comentário