sábado, 23 de julho de 2016

Morre ex-frenética Lidoka, aos 66 anos

Lidoka integrou o grupo As Frenéticas - Reprodução Facebook

RIO — "Abra suas asas, solte suas feras. Caia na gandaia, entre nesta festa". Ex-integrante do grupo As Frenéticas, Lidoka foi uma das responsáveis por tornar essa canção — além de outras como "Perigosa" — em uma das mais populares do cancioneiro nacional. Musa à época das discotecas, Maria Lídia Martuscelli viveu, junto com suas companheiras de banda, o auge do sucesso entre as décadas de 1970 e 1980.



A trajetória da ex-frenética, no entanto, foi interrompida na noite desta sexta-feira. Lidoka morreu em sua casa, na Zona Sul do Rio, aos 66 anos. Ela lutava há anos contra o câncer: a artista, de acordo com a família, teve um melanoma (um tipo de câncer de pele) e havia sido curado. Em agosto de 2015, porém, ela descobriu uma "pinta nas costas", que originou uma metástase.

A doença chegou ao cérebro e ela não tinha condições de passar por uma cirurgia neurológica. Desde então, Lidoka permaneceu em casa se alimentando e tomando remédios.


— Ela estava em casa. A cortina se fechou em seu quarto, com muita paz e tranquilidade. Foi por volta das 22h (desta sexta-feira) — afirmou o filho de Lidoka Igor Machado.

Em carta aberta publicada na internet, Igor homenageou a mãe. No texto ele, ressaltou a alegria de viver da cantora e do bom legado que ela deixou para fãs, familiares e amigos.

"Em carne pode ser que não fique mais, até mesmo porque já estava cansada da maldade e destruição da natureza, mas de vida e alma estará pra sempre dentro de nós. É este nós que suplico que segurem em seus corações, pois realmente só ele, me fará está em paz contudo isto. Obrigado por ter vocês! 

E antes de mais nada, peço, por mais difícil que seja, que façamos comemorações festivas, dançantes e felizes. Dançar é bom, e faz bem a saúde. Dance bem, dance mal... Dance sem parar. Quem viveu lembra, quem não viveu terá em sua alma a energia dela que só exalava coisas boas. Assim como a mamãe, que nasceu também para ser uma divulgadora do inovar e do bem!", diz um trecho da mensagem.

Amigos também lamentaram a morte da ex-frenética:

— Ela agora voou, merecia ser resgatada pelos anjos. Merece as coisas mais lindas dessa vida. Era um exemplo de amor, lutando pela vida e por tudo de melhor que tinha a nos oferecer. Exemplo de alegria até o fim. Estou com saudades dela — disse a amiga de Lidoka Juliana Alcântara.

Muitas homenagens foram postadas nas redes sociais. Uma delas foi de Leiloca, uma das ex-componentes de As Frenéticas. Na postagem, acompanhada com uma foto da amiga, ela afirmou que a "luta não foi em vão".

"Agora acabaram-se as limitações e você pode voar. Muita Paz e muita luz, minha querida. A tristeza para quem fica é muito grande, mas o que nos consola é que você agora está liberta. Todo o nosso amor , sempre", escreveu.

Fonte: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário