Lideranças de PMDB e PSDB comemoraram, nos bastidores, a decisão da Justiça Federal do Distrito Federal de transformar em réu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na avaliação de peemedebistas e tucanos, foi dado o primeiro passo para que o petista possa ficar inelegível nas eleições presidenciais de 2018.
Na opinião de integrantes desses partidos, a possibilidade de Lula ser condenado na primeira instância da Justiça de Brasília é grande. Aí, se condenado na etapa seguinte, em decisão colegiada no TRF (Tribunal Regional Federal), o ex-presidente perderia a condição de ficha limpa e correria o risco de não disputar as eleições.
Líderes tucanos e peemedebistas, dois partidos aliados do presidente interino, Michel Temer, dizem não acreditar numa vitória de Lula na eleição presidencial, mas ele teria condições políticas de tirar um ou os dois partidos do segundo turno do pleito de 2018.
Eles citam que a última pesquisa Datafolha mostrou que, num primeiro turno, o ex-presidente tem uma preferência eleitoral expressiva, liderando em todos os cenários analisados. Mas não teria vitória garantida no segundo turno, perdendo numa das simulações para Marina Silva.
Os governistas não descartam a possibilidade de um segundo turno disputado por dois aliados de Temer caso o peemedebista consiga tirar o país da recessão e fazer o crescimento econômico bater em 4% em 2018.
Num cenário como este, interlocutores do presidente interino avaliam que ficaria mais fácil derrotar Marina Silva e colocar até dois candidatos governistas no segundo turno da disputa. A hipótese de união de PMDB e PSDB na eleição presidencial, num primeiro turno, é considerada praticamente descartada.
Folha de S.Paulo - Valdo Cruz
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