sábado, 30 de julho de 2016

Samarco estuda reativar barragem que ruiu na tragédia em Mariana

A Samarco estuda a reutilização do Vale do Fundão –área de Mariana (MG) onde uma barragem se rompeu em novembro como reservatório de rejeitos de minério.
 
A alternativa foi apresentada pela empresa em um estudo de impacto ambiental elaborado em junho, sete meses depois da tragédia que deixou 19 mortos e um rastro de destruição até a região litorânea do Espírito Santo.

O documento da mineradora foi enviado a órgãos públicos e obtido pela Folha. Ele pede a análise prévia de um retorno das operações em Mariana, suspensas depois do rompimento da barragem.
 
Como Fundão foi avariada, a mineradora, cujas donas são a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, propõe usar por dois anos a cava (buraco aberto após a escavação de minerais) da mina de Alegria Sul para despejar os rejeitos –e que ficaria cheia ao fim desse período.
 
O texto aponta que, depois disso, outras cavas poderiam ser utilizadas ou a Samarco faria uma "transição para barragem com conceito construtivo diferenciado".
 
"Neste horizonte será considerada a barragem de Mirandinha e utilização potencial do Vale do Fundão, após conclusão dos trabalhos emergenciais e análises técnicas das causas do incidente", diz trecho do estudo.
 
O documento ressalta que a mineradora não pode utilizar a infraestrutura de Fundão e da vizinha Santarém "temporariamente".
 
Procurada, a Samarco não nega a possibilidade. Segundo a companhia, "possíveis utilizações futuras da área de Fundão demandarão, além da compreensão das causas do acidente, estudos de viabilidade". "Caso se mostrem viáveis, tais estudos serão submetidos aos órgãos ambientais", diz, em nota.

Redação Bocão News

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