quarta-feira, 20 de julho de 2016

Vigilância Sanitária interdita barracas de praia em Fernando de Noronha

As barracas ofereciam refeições para os turistas (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária  (Apevisa) interditou parcialmente as  duas barracas que ofereciam refeições na Praia da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, na tarde desta quarta-feira (20).  Nos locais os fiscais constataram, entre outros problemas, falta de cloro na água, ausência de esgotamento sanitário e fosse séptica. Foram encontrados entulhos, sujeira e animais como gatos e cachorros na área de manipulação de alimentos. A equipe de fiscalização ainda identificou geladeiras e freezers em estado precário de higiene.  Os fiscais recolherem os alimentos e lacraram as geladeiras.
As geladeiras foram lacradas (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)
Os freezers foram fechados com cadeado (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)

Apesar da interdição, uma das comerciantes da Cacimba do Padre espera voltar oferecer refeições. “Eu quero voltar a vender alimentos, é muito importante, eu vivo disso. O trabalho da Vigilância é certo, eu tenho que fazer uma reforma, vou tentar fazer da forma que eles me pediram. O dono deste espaço tem um projeto de reforma, mas ele está esperando ser autorizado a iniciar o trabalho pela Administração da Ilha e o Instituto Chico Mendes”, afirmou a comerciante Maria Gorete do Carmo.
Os alimentos são apreendidos (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)
Animais foram encontrados nos locais de manipulação de alimentos (Foto: Ana Clara Marinho)
“Essa interdição parcialé por 90 dias,  eles não podem manipular alimentos, mas podem vender bebidas e tudo que vier lacrado de fábrica como biscoitos e salgadinhos. Esses pontos comerciais podem voltar a oferecer refeições na hora que afastarem o risco sanitário, o risco eminente a saúde” afirmou o gerente geral da Apvisa, Jaime Brito. Barracas de outras praias, como o Porto de Santo Antônio, que comercializam alimentos nas mesmas condições da Cacimba do Padre,  não foram interditados porque não funcionaram esta semana. “Nossa equipe vai permanecer em Noronha, logo que esses pontos reabrirem serão fiscalizados”, informou Jaime Brito.

Apevisa começou a atividade de fiscalização na segunda-feira (18) e incialmente o objetivo era fiscalizar  46 locais, mas foram identificados 72 estabelecimentos que comercializam alimentos. Além das barracas de praia, também  estão sendo vistoriados restaurantes, bares e pousadas. Os produtos apreendidos são incinerados, até agora foram recolhidos mais de 200 quilos de alimentos.

Este trabalho faz parte do Plano de Categorização dos Serviços de Alimentos de Fernando de Noronha, que está sendo implantado pelo Governo do Estado.  A ação tem o apoio do Ministério Público, na noite dessa terça-feira (19), o promotor André Rabelo comandou uma audiência pública para informar aos empresários que as normas sanitárias  devem ser seguidas na ilha. O promotor alertou que os infratores serão punido pela Justiça .  Com base nessas vistorias a Apvisa deve divulgar a classificação dos estabelecimentos em prazo de um mês.
A audiência pública foi realizada com os comerciantes 

Peixe
O reforço no trabalho da Vigilância Sanitária está sendo feito desde que ocorreu um surto com intoxicação por consumo de peixe em Fernando de Noronha, no início deste ano. O Hospital São Lucas atendeu 38 pessoas que apresentaram manchas na pele, dormência labial, urticária e até vertigem. Exames laboratoriais confirmam que o surto foi causado pela histamina, substância que o peixe  produz após a morte, quando não há refrigeração adequada. Por conta disso foram tomadas uma série de medidas, como a exigência de gelo nos barcos de pesca. 

G1 - Ana Clara Marinho/TV Globo 

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