terça-feira, 1 de novembro de 2016

Delação da Odebrecht põe Brasília em suspense

Vazamentos de denúncias de executivos da empreiteira dão prévia do que está por vir, já começam a arranhar figuras do governo Temer e levam nervosismo ao meio político e aos novos ocupantes do Planalto.
Após a prisão do empresário Marcelo Odebrecht, em junho de 2015, o noticiário brasileiro foi dominado por manchetes sobre o que o episódio representava para o governo da então presidente Dilma Rousseff. Presidente da maior empreiteira do país, ele viu seus negócios florescerem nos anos petistas no Planalto e foi um doador generoso de campanhas do partido. Falava-se então em “delação do fim do mundo”, capaz de implodir o sistema.
Mais de um ano depois, o mesmo tom agora está sendo usado em relação ao governo de Michel Temer (PMDB), que sucedeu Dilma após o processo de impeachment, conforme surgem notícias de que o acordo de delação de Odebrecht e de mais de 50 executivos da empresa estão próximas da assinatura final.
Como ocorreu em outras etapas da Lava Jato, a negociação da delação está sendo marcada por diversos vazamentos de informações preliminares entregues pelos investigados. Até agora, esses vazamentos só deram uma prévia do que está por vir, mas já foram suficientes para trazer nervosismo ao meio político e aos novos ocupantes do Planalto.
Dezenas de políticos na mira.

Entre as figuras que já registram arranhões na imagem por causa dessas revelações estão homens-fortes do governo Temer, como Moreira Franco e os ministros Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, além do próprio presidente.
O vazamento mais recente, divulgado na semana passada, implicou o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB). Segundo um executivo, a empreiteira entregou 23 milhões de reais para sua campanha em 2010 por meio de uma conta na Suíça.
Mas o alcance não está restrito à cúpula do governo e partidos. Segundo o jornal O Globo, os executivos podem fornecer informações capazes de implicar 130 deputados, mais de 30 senadores, além de 20 governadores e ex-governadores de diversos partidos.
Via Blog do Didi Galvão

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