sábado, 17 de dezembro de 2016

Em 2018 a ameaça maior para o governo Temer

A ameaça mais preocupante para o governo vem do julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da chapa Dilma-Temer, que deverá acontecer no ano que vem.
Essa ameaça tem um grau razoável de gravidade, mas implicaria numa saída extremamente complicada e que teria um custo alto: a realização de uma eleição indireta no Congresso para presidente na hipótese de a chapa Dilma-Temer ser cassada.
Os advogados do PMDB já deixaram em segundo plano a estratégia de tentar separar as contas de Dilma e Temer. A prioridade é defender a legalidade das contas da chapa como um todo. Seria a saída mais fácil para obter maioria no plenário do TSE.
Se essa estratégia fracassar, por mais que existam obstáculos legais à antecipação da eleição presidencial de 2018, haverá forte pressão a favor dessa saída.
Até o julgamento do TSE, novos vazamentos de delações da Odebrecht deverão fazer um estrago maior no Congresso. Dificilmente um Congresso tão fragilizado bancaria uma saída da crise via eleição indireta.
Esse cenário reforça a possibilidade de Temer ficar no cargo, mesmo sob forte desgaste. É o mais provável hoje, mesmo em meio a uma nova delação que traz menção ao presidente.
Mas esse cenário pode se enfraquecer a depender do grau de octanagem de novas revelações, inclusive da parte de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara que aguarda um julgamento de recurso no Supremo Tribunal Federal para deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.


Em resumo, Temer navega em mar revolto e tudo indica que vai continuar assim, o que sempre atrapalha o cotidiano administrativo do governo.
Blog do Kennedy 

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