Um dos fundadores da democracia portuguesa moderna, Mário Soares foi
presidente do país europeu por dois mandatos, de 1986 a 1996
O ex-presidente português Mário Soares morreu hoje aos 92 anos, informou o Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
Mário
Soares encontrava-se internado desde 13 de dezembro, tendo sido
transferido no dia 22 da unidade de terapia intensiva (UTI) para a
unidade de internação em regime reservado, depois de sinais de melhora
no estado de saúde.
No entanto, no dia 24, um agravamento súbito
da situação clínica obrigou o antigo chefe de Estado português a
retornar à UTI. Em 31 de dezembro, dia da última atualização feita pelo
hospital sobre o seu estado de saúde, Mário Soares continuava em “coma
profundo”, mas “estável e com parâmetros vitais normais”.
Mário
Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se
com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura,
foi fundador do Partido Socialista e presidente da República.
Nascido
em 7 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares
foi fundador e primeiro líder do Partido Socialista português e ministro
dos Negócios Estrangeiros após a revolução de 25 de abril de 1974.
Primeiro-ministro
entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, Soares pediu a adesão de
Portugal à Comunidade Econômica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o
respetivo tratado, em 1985. Posteriormente, a CEE tornou-se a União
Europeia.
Em 1986, Soares ganhou as eleições presidenciais e foi presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
Da Agência Brasil
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