O
grupo de advogados que atende o ex-presidente Lula mostra-se tranquilo
quanto ao fracasso e a falta de eficácia das cinco denúncias abertas
contra ele. Concluíram não haver base para incluí-lo na possibilidade de
vir a ser processado pelo Supremo Tribunal Federal. Ainda aguardam a
íntegra das delações que 77 ex-diretores da Odbrecht fizeram ao ministro
Teori Zavaski, que depois serão levadas ao Procurador Geral da
República para decidir se pede ou não a abertura de processos criminais.
Os
advogados, entre eles também juristas, argumentam que as acusações se
repetem e não atingem o ex-presidente. Sustentam estar havendo
perseguição por parte dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava
Jato, e também do juiz Sérgio Moro. Quando tiverem acesso à delações,
recorrerão em grande estilho, já tendo preparado memoriais que
submeterão ao STF, para apreciação.
Apesar
de entenderem estar havendo desrespeito ao princípio da presunção de
inocência e à imparcialidade por parte dos procuradores, os advogados
aguardam a revelação das delações e o pronunciamento do ministro Zavaski
para formalizarem a defesa. Consideram que o Lula nada tem a esconder e
editaram ontem uma coletânea de 18 artigos de 22 autores, uma espécie
de pré-defesa do ex-presidente. Entre eles estão Cristiano e Valeska
Zanin Martins, Rafael Martins, Celso Antônio Bandeira de Melo, Eugênio
de Aragão, Nilo Batista e outros. Um detalhe que alinham é a
parcialidade dos meios de comunicação ao referir-se ao Lula, a quem tem
estimulado a não interromper sua tarefa de reconstrução do PT
Em
suma, até que novos capítulos se desenrolem na questão, o ex-presidente
continua liderando o partido que fundou e abrindo oportunidades de vir a
candidatar-se ao palácio do Planalto, em 2018. Este seria, para ele, o
objetivo de deslocar-se para diversos estados, reunindo bases
partidárias e sindicais, esta semana na Bahia.
Carlos Chagas
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