quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

"Não tinha nenhum santo", diz governador do AM sobre presos mortos

Governador João Melo (dir.) ao lado do ministro da Justiça em reunião na terça-feira Vítor Souza/Secom-AM
 
O governador do Amazonas, José Melo (Pros) afirmou nesta quarta-feira (4) que “não tinha nenhum santo” entre os 60 detentos mortos durante rebeliões em dois presídios do Estado entre os dias 1º e 2 de janeiro.

— Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, eram pessoas que eram matadores e pessoas ligadas à outra facção que é minoria aqui no Estado do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos os que restaram e os segregamos no outro presídio para evitar que acontecesse o pior.


A declaração foi feita durante entrevista à rádio CBN, nesta manhã, em que ele foi questionado sobre o envolvimento dos mortos com facções criminosas. Ontem, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou que somente uma briga entre grupos rivais fosse o motivo das mortes. Ele destacou ainda que uma pequena parte das vítimas integrava alguma organização.

Melo também disse que conversou com Moraes ontem e que sugeriu ao ministro que use parte do efetivo das Forças Armadas para coibir o tráfico de drogas nas fronteiras. O Amazonas tem dado espaço ao surgimento de grupos criminosos fortalecidos pelo mercado de entorpecentes que entram da Colômbia, Venezuela e Peru.

— A minha sugestão é pegar as Forças Armadas para evitar que a droga saia dos países produtores para chegar às cidades brasileiras. Qualquer outra coisa que se fizer é enxugar gelo. Você combate o pequeno traficante, porque está exposto na rua, mas o grande traficante está escondido.

Segundo ele, o ministro “acolheu a ideia com entusiasmo”. O governador aproveitou para dizer que não há necessidade de solicitar o envio de homens da Força Nacional de Segurança ao Estado.
Melo ainda falou que uma nova penitenciária será entregue em abril e que uma penitenciária agrícola será construída. De acordo com ele, a unidade deverá estar pronta em um ano e meio para abrigar presos que tenham cometido crimes mais leves e não ofereçam grande risco.

Do R7.com

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