Governador João Melo (dir.) ao lado do ministro da Justiça em reunião na terça-feira
Vítor Souza/Secom-AM
O governador do Amazonas, José Melo (Pros) afirmou nesta quarta-feira
(4) que “não tinha nenhum santo” entre os 60 detentos mortos durante
rebeliões em dois presídios do Estado entre os dias 1º e 2 de janeiro.
— Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, eram pessoas que eram
matadores e pessoas ligadas à outra facção que é minoria aqui no Estado
do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos os que
restaram e os segregamos no outro presídio para evitar que acontecesse o
pior.
A declaração foi feita durante entrevista à rádio CBN, nesta manhã, em
que ele foi questionado sobre o envolvimento dos mortos com facções
criminosas. Ontem, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou que
somente uma briga entre grupos rivais fosse o motivo das mortes. Ele
destacou ainda que uma pequena parte das vítimas integrava alguma
organização.
Melo também disse que conversou com Moraes ontem e que sugeriu ao
ministro que use parte do efetivo das Forças Armadas para coibir o
tráfico de drogas nas fronteiras. O Amazonas tem dado espaço ao
surgimento de grupos criminosos fortalecidos pelo mercado de
entorpecentes que entram da Colômbia, Venezuela e Peru.
— A minha sugestão é pegar as Forças Armadas para evitar que a droga
saia dos países produtores para chegar às cidades brasileiras. Qualquer
outra coisa que se fizer é enxugar gelo. Você combate o pequeno
traficante, porque está exposto na rua, mas o grande traficante está
escondido.
Segundo ele, o ministro “acolheu a ideia com entusiasmo”. O governador
aproveitou para dizer que não há necessidade de solicitar o envio de
homens da Força Nacional de Segurança ao Estado.
Melo ainda falou que uma nova penitenciária será entregue em abril e que
uma penitenciária agrícola será construída. De acordo com ele, a
unidade deverá estar pronta em um ano e meio para abrigar presos que
tenham cometido crimes mais leves e não ofereçam grande risco.
Do R7.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário