O papa Francisco, 80, disse saber que
pode ser um alvo de um ataque, mas que continuará a viajar sem veículos
blindados ou segurança reforçada porque quer chegar perto das pessoas.
Ao contrário de seus antecessores, que
usavam papamóveis ou limusines, Francisco circula em carros comuns em
viagens internacionais, quase sempre ao contrário dos líderes com quem
se encontra.
"Estou a par dos riscos envolvidos",
escreveu ele na introdução de um novo livro do autor italiano Andrea
Tornielli, "Travelling" (Viajando), que trata das 17 viagens feitas pelo
papa. Ele visitou 25 países desde que foi eleito, em 2013.
"Talvez eu seja imprudente, mas devo
dizer que não temo por mim. Estou sempre preocupado com a segurança
daqueles que viajam comigo e, acima de tudo, das pessoas que encontro em
vários países. Sempre há o risco de um gesto precipitado de um louco,
mas o senhor está sempre por perto", disse o papa.
"Eu não posso andar em carros blindados
ou papamóveis fechados com vidro à prova de balas", prosseguiu. "Um
bispo é um pastor, um pai, e não pode haver muitas barreiras entre ele e
as pessoas."
"Por causa disso, sempre digo de início que só viajarei se puder ter contato com as pessoas."
Para circular em Roma, Francisco usa um Ford Focus e insiste em contar com nível reduzido de segurança.
Neste ano, o pontífice deve fazer ao menos duas viagens: uma a Portugal e outra para a Índia e Bangladesh.
Em 2013, durante viagem ao Brasil, o papa teve seu carro cercado por uma multidão depois que o motorista errou o caminho.
Por Folhapress | Fotos: Reprodução
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