quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Secretaria de Saúde monitora mortes de macacos para prevenir febre amarela em Pernambuco

O mosquito Haemagogus leucocelaneaus, exclusivo de matas e ambientes silvestres, é vetor de febre amarela silvestre (Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz )
A secretaria de Saúde de Pernambuco está monitorando os casos de mortes naturais de macacos no estado, como forma de prevenir possíveis casos de febre amarela. Apesar de não haver ocorrências registradas no estado desde a década de 1930, a doença já bateu o recorde histórico no Brasil e preocupa autoridades e população.
O programa é chefiado pela gerência estadual de Vigilância das Arboviroses e incentiva órgãos de vigilância ambiental e também a população a notificar as mortes de primatas.
A febre amarela é transmitida pincipalmente pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que são vetores silvestres e, por isso, a preocupação com os macacos. Apesar disso, a doença também pode ser transmitida ao ambiente urbano pelo Aedes aegypti, que também é o vetor da dengue, zika e chikungunya.
Claudenice Pontes, gerente de Vigilância das Arboviroses de Pernambuco, explica que a medida é apenas preventiva, já que os primatas infectados adoecem e, consequentemente, morrem. Os órgãos municipais recolherão os animais e levarão à unidade mais próxima de controle de zoonoses.
"Pernambuco não é um estado que tem risco. Fizemos um levantamento e, nos últimos anos, não houve nenhum caso de macacos mortos com suspeita de febre amarela. Quem encontrar os macacos mortos não deve manuseá-los, por causa do risco de contrair outras doenças, mas é necessário alertar com urgência a vigilância ambiental municipal", explicou.
Em todo, o estado, há quatro centros de referência, com profissionais veterinários e equipamentos especializados para a necropsia dos bichos. No Recife e em Garanhuns, no Agreste, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) fica responsável pela análise, enquanto em Serra Talhada, no Sertão, o trabalho fica com o Centro de Controle de Zoonoses e na Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, também no Sertão.
Devem ser observados aspectos como a localização onde encontra-se o macaco e a presença de mosquitos na região, por exemplo. Nesta etapa, a Secretaria de Saúde faz um trabalho de divulgação, para que órgãos como Polícia Rodoviária Federal, Centros de triagem de animais silvestres, ligados ao Ibama, notifiquem os casos de macacos mortos.
No Recife, a solicitação de recolhimento de animais oide ser feita através do Centro de Vigilância Ambiental, através dos telefones (81) 3355.7704 ou 3355.7705.
Por G1 PE

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