Foto Reprodução
A Bahia foi a primeira parada da Missão Compradores 2017, expedição promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para trazer representantes do mercado externo para conhecer o sistema de produção e a cadeia produtiva da fibra no Brasil. O estado é o segundo maior polo produtor do país e espera colher 846 mil toneladas de algodão em caroço – equivalentes a 347 mil toneladas de pluma – em seus 201,6 mil hectares de lavouras, na safra 2016/17.
Em terras baianas, a visita foi organizada pela Associação Baiana dos Produtores de algodão (Abapa), que apresentou à comitiva, formada majoritariamente por industriais asiáticos e tradings, o nível de profissionalismo e os altos padrões operacionais do cerrado baiano, desde a lavoura até o beneficiamento e armazenagem, passando pela classificação da fibra por High Volume Instrument (HVI).Oriundos do Peru, Bangladesh, Paquistão, China, Vietnã, Turquia, Coreia do Sul e Índia, os visitantes conheceram a Fazenda Busato I, um dos modelos regionais na produção da fibra, pertencente ao Grupo Busato.
Na fazenda, visitaram a beneficiadora Warpol, pertencente à família anfitriã. "É uma satisfação muito grande apresentar ao mundo o nosso jeito de produzir algodão, que é eficiente, produtivo e responsável. Mais que estreitar laços, a Missão nos ajuda a entender melhor as necessidades do mercado, ouvindo, diretamente dos nossos clientes, o que eles procuram. É sempre meio corrido, mas creio que deu para apresentar um panorama muito bom da cotonicultura do cerrado baiano", diz o anfitrião da fazenda, Cézar Augusto Tumelero Busato.
Referência
A parada no estado incluiu passagem pelo pátio de armazenamento da trading Ecom e pelo Laboratório de Análise de Fibra da da Abapa, situado em Luís Eduardo Magalhães, a 900km de Salvador. O laboratório é referência em análise de qualidade de fibra no Brasil, com capacidade instalada para receber 18 mil amostras de algodão diariamente. De acordo com o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, a Missão Compradores tem se mostrado estratégica para divulgar a cotonicultura brasileira no mercado consumidor da fibra nacional, ampliando o leque de compradores e fortalecendo a imagem do algodão nacional.
"Essas pessoas são escolhidas a dedo pelas tradings, com base no potencial de negócios com o Brasil e na influência que detêm em seus países de origem. As missões têm trazido grandes resultados, já que muitos visitantes que ainda não eram comparadores de algodão brasileiro passam a ser, a partir do momento em que conferiram a magnitude da nossa produção", afirma Busato, "Mais do que o incremento nos negócios com a Ásia, as visitas contribuem para mudar a falsa imagem que ainda existe acerca dos agricultores brasileiros, acusados de serem desmatadores e poluidores. Somos o oposto disso. Produzimos com qualidade, alta produtividade, rastreabilidade e sustentabilidade", diz Busato.
Por Bocão News
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