segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Petistas enfim reconhecem a grandeza de Luiz Gonzaga

Inaldo Sampaio (Foto: Colunista)
Lula, em recente passagem pelo Sertão do Araripe, incluiu Exu no seu roteiro para conhecer o Parque Aza Branca, onde se conta a história de Luiz Gonzaga, o mais ilustre filho daquela terra. O fato chamou a atenção dos seus moradores porque Lula e o PT nunca deram muita bola para “Gonzagão” porque ele não era um “artista de esquerda”. Ao contrário, sempre foi muito próximo dos militares e num show ao vivo no Teatro Teresa Rachel, no Rio de Janeiro, em 1972, bajulou desnecessariamente o ex-ministro da Justiça do governo Geisel, Armando Falcão, que estava na primeira fila. Foi essa aproximação de Gonzaga com a “ditadura” que levou o PT e seus seguidores a nutrirem por ele certo desprezo, desconhecendo que foi esse ilustre filho de Exu quem melhor cantou as nossas matas, o nosso folclore, os nossos rios, a nossa fauna, as nossas tradições culturais, o nosso clima, a nossa culinária, o nosso cangaço, as nossas cidades, a nossa religiosidade, etc. Portanto, independente de suas preferências doutrinárias e de suas convicções políticas, “Gonzagão” foi e continua sendo a maior expressão musical do Nordeste em todos os tempos, algo que somente agora os petistas estão reconhecendo.
Batalha de Tejucupapo

Goiana, a 60 km do Recife, poderá transformar-se hoje (11h) numa praça de guerra. O motivo é a disputa entre o prefeito Osvaldinho (PMDB) e o secretário Felipe Carreras (Turismo) pela posse do imóvel onde funcionava a prefeitura. O Governo do Estado, com recursos do BID, reformou o imóvel e não quer devolvê-lo ao município. Só que, pela Lei Orgânica, o imóvel se chama “Paço Municipal Heroínas de Tejucupapo” e deve abrigar a prefeitura. O prefeito deu ordem à Guarda Municipal para ocupar o imóvel, que foi doado à Setur por seu antecessor Fred Gadelha (PTB).
Títulos > Lula voltará a SP no próximo dia 7 com 4 novos títulos de “doutor honoris causa” na bagagem: Universidade Federal da PB, Universidade Estadual de AL, Universidade Regional do Cariri (CE) e Universidade Federal do PI. O 5º seria o da Universidade Federal do Recôncavo Baiano. Mas um juiz de Salvador proibiu a entrega, deferindo pedido de um vereador do DEM.
Explicações > Perguntas que ainda não foram respondidas, caso se consume a filiação do senador Fernando Bezerra (PSB) ao PMDB: o controle do partido em PE será dele ou de Jarbas Vasconcelos? O partido terá candidato próprio a governador, vai se aliar a Paulo Câmara (PSB) ou ao senador Armando Monteiro (PTB)? Em caso de aliança, Fernando Filho será o vice?
Desolação > “Históricos” do PMDB como Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS) e Roberto Requião (PR) deveriam fazer autocrítica por terem deixado o partido cair nas mãos de Romero Jucá e José Sarney, ambos egressos da Arena. Ulisses Guimarães, que comandou o partido à época do regime militar, caso fosse vivo estaria morrendo de vergonha.
A onça > Em 1974, quando o PMDB lançou Marcos Freire para disputar o Senado contra João Cleofas (Arena), o então deputado Lívio Valença, já falecido, gracejou: “Soltaram a onça no chiqueiro dos bodes!”. Freire foi eleito e Cleofas encerrou sua vida pública. No PSDB, a “onça” de hoje é o prefeito João Doria (SP), que está trabalhando, de fora para dentro, para ser o candidato do partido à sucessão de Temer e praticamente já “comeu o cartão” do governador.
Por Inaldo Sampaio, Folha de Pernambuco

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