quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Barreiras, que saudades: poema de Tony Xavier - o poeta do povo

Foto/Reprodução Whatsapp

BARREIRAS QUE SAUDADES!
Autor: Tony Xavier - O Poeta do povo

Tá vendo aquela igreja submersa
E um barco ali sem direção
Nosso lago agora está secando
Que se olha de cima e vê o chão.
Já zombaram demais da natureza,
Destruíram nossa maior riqueza,
Que parece não ter mas solução.

Tá vendo aquelas árvores sem vidas
Foi o maldito homem que matou
Prometendo um grande paraíso
Mas que até o momento não chegou.
Hoje estamos saudosos, machucados,
Destruíram o nosso povoado,
Nossa velha Barreiras, acabou!

Olhe e veja os destroços pelo chão
São escombros que achamos sobre o leito
São detalhes que marcam nossas vidas
Nem tentando esquecer não vai ter jeito
Quando aqui eu retorno e vejo tudo
Muito quero falar mas fico mudo,
Quem responde é a dor dentro do peito

Continuo andando pelas margens
Mas no meu coração falta á paz
Páro, penso e triste fico tenso,
Novamente eu olho para trás.
Nossas casas agora são entulhos,
Da Sirene não ouço o barulho,
E olhando sem rumo eu choro mais

Já cansado e andando pelas margens
Eu me sinto sozinho, abandonado
Entro em desespero ouvindo gritos,
De alguém como eu muito arrasado
Em minha direção vem na carreira,
Procurando a rua da mangueira,
Não encontra e fica revoltado.

E assim eu retorno para casa
Já não tenho motivos pra sorrir
Chega á noite o mesmo desespero
Foge o sono e não posso dormir.
Se cochilo eu sonho com á feira,
Mas sabendo á falta de Barreiras,
Revoltado eu penso em sumir!

Barreiras, que saudades!
Autor: Tony Xavier - O Poeta do povo
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