Moral abalado, prestígio com a torcida também em baixa e, apesar do elenco milionário, correndo sério risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Há muito tempo que o avião do Sport não viajava com um ambiente tão pesado para um confronto decisivo. Em desvantagem pela derrota de 2x0 sofrida para o Junior Barranquilla no jogo de ida das quartas de final, na Ilha do Retiro, o Leão tem uma dura missão em terras colombianas, esta quinta (2), diante do “Tiburones”, às 21h45 (horário do Recife).
Para alguns, como o vice-presidente executivo e de futebol Gustavo Dubeux, a fatura foi liquidada no primeiro duelo. As palavras foram proferidas pelo próprio dirigente logo após ele mesmo anunciar a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo, minutos depois do revés para adversários desta quinta-feira. Para tentar evitar o “excesso de bagagem” numa possível eliminação, os medalhões de peso ficaram na Capital pernambucana, como Diego Souza e André, que devem seguir direto para Santa Catarina e encarar normalmente a Chapecoense, no domingo.
Para os leoninos que ainda sonham com a classificação, a equipe precisa vencer por 2x0 para levar a disputa para as cobranças de pênaltis. Em caso de vitória por 3x1, 4x2, 5x3 em diante, a classificação é dos pernambucanos pelo critério de gols marcados fora de casa. Pelo retrospecto em todas as cinco edições que participou da Copa Sul-Americana, o Sport nunca venceu nenhum confronto fora de casa na competição. Aliás, perdeu todos os que disputou. No total foram seis derrotas, sendo elas para Náutico e Libertad /PAR (2013), Vitória (2014), Bahia e Huracán/ARG (2015) e Santa Cruz (2016). E na contramão de alguns membros da diretoria, os jogadores mostraram confiança em reverter o placar. “Temos condições de reverter esse resultado. Vamos encontrar dificuldade, mas confio na minha equipe. Para isso, temos que ter paciência. Temos noventa minutos para fazer os dois, três gols que precisamos. Não podemos nos afobar”, frisou Samuel Xavier.
Sem muito tempo para treinar, o técnico Daniel Paulista esboçou um time nas duas movimentações que realizou na Colômbia. São seis peças consideradas titulares poupadas, entre eles o lateral-direito Raul Prata, os volantes Rithely e Wesley, além do meia Diego Souza e os atacantes Osvaldo e André. Assim, o comandante leonino levou apenas Thomás como única meia na delegação. Com isso, após três meses, o atleta deve ganhar a chance de começar jogando uma partida. No desenho tático tradicional quase sempre utilizado por Daniel, os dois volantes serão Anselmo e Patrick, com Mena aberto pela esquerda, Rogério pela direita, Thomás centralizado e Juninho atuando como referência no ataque. Com tanta pressão nas costas dos rubro-negros, o equilíbrio neste momento crítico é um ingrediente fundamental para tirar o clube desta situação delicada.
Tiburones com força máxima
Prestigiados pela bela apresentação no jogo de ida pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, na Ilha do Retiro, os jogadores do Junior Barranquilla/COL não tiveram muito tempo para relaxar. Na última segunda-feira, os atletas estiveram em campo para bater por 3x1, fora de casa, o Bucaramanga. Firme e forte na briga direta pelo título do Campeonato Colombiano, o time comandado pelo uruguaio Julio Comesaña até cogitou a possibilidade de poupar alguns titulares para o duelo desta noite contra o Sport, mas logo desistiu, visto que o time está a um passo de uma semifinal da Sula.
Em campo, estão confirmados os destaques da partida no Recife Yimmi Chará e Yony González. Este segundo, autor dos dois gols da vitória dos colombianos. No papel de homem de referência de ataque, o veterano Téo Gutiérrez. No domingo, os “Tiburones” voltam a campo pelo Colombiano diante do Tolima, dentro de casa. Terceiro colocado, o time está a apenas três dos líderes Atlético Nacional e do Santa Fé.
Por: Gustavo Lucchesi, da Folha de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário