Os jogos on-line no Brasil, cuja regulamentação parcial está em estudo no Ministério da Fazenda, têm potencial para movimentar R$ 6,7 bilhões por ano, o que faria do Brasil o terceiro maior mercado, atrás de Reino Unido e Japão.
Estudo da KPMG e da entidade do setor RGA (Remote Gambling Association) mostra ainda que a receita tributária com a legalização de apostas esportivas, cassino, pôquer e bingo pela internet alcançaria R$ 1,3 bilhão ao ano.
Cálculos da Fazenda mostram que essa arrecadação poderia dobrar se os jogos de azar em geral, incluindo a versão "física" das apostas, fossem legalizados.
Por enquanto, a Secretaria de Acompanhamento Econômico da pasta estuda enviar um projeto de lei regulamentando somente as apostas de cotas-fixas (conhecidas como "sport betting"), em que os jogadores palpitam sobre eventos futuros, como esportes ou resultados de eleições.
A ideia é criar regras para o futuro licenciamento da operação dessas apostas.
Em países como a Itália, mais de 40 empresas atuam nesse mercado.
Hoje, os brasileiros fazem esses jogos em sites estrangeiros: o levantamento da KPMG e da RGA cita que, em 2015, dado mais recente disponível, foram US$ 313 milhões, ou R$ 1 bilhão, apostados.
Se as apostas de cotas fixas fossem regulamentadas, o mercado nacional poderia alcançar R$ 3,9 bilhões somente nessa modalidade.
Os jogos on-line de cassino poderiam movimentar outro R$ 1,8 bilhão por ano, segundo o estudo. Para pôquer e bingo, a estimativa é que as apostas chegariam a R$ 522 milhões e R$ 415 milhões anuais, respectivamente.
Folha de S.Paulo – Maeli Prado
Nenhum comentário:
Postar um comentário