Rebelião em presídio de Manaus durou mais de 17 horas
Edmar Barros/02.01.2017/Futura Press/Folhapress
O governo do Amazonas corrigiu o número de mortos nesta segunda-feira
(2) após rebeliões em dois presídios do Estado. A SSP (Secretaria de
Segurança Pública) ainda contabiliza os mortos, mas, até às 13h, a Secom
(Secretaria de Comunicação) confirmou 60 assassinatos no motim que
durou mais de 17 horas em cadeias de Manaus.
Anteriormente, a polícia havia informado que 80 presos morreram durante
uma rebelião dentro do complexo penitenciário de Manaus, no Amazonas.
Portanto, são 60 os mortos até o momento, número que ainda pode subir.
O motim começou por volta das 15h de domingo, durante o horário de
visita, logo após o registro da fuga de outros detentos do Compaj
(Complexo Penitenciário Anísio Jobim) e durou até a manhã desta
segunda-feira (2). Até agora, 40 detentos foram recapturados, mas até
não há um número exato de foragidos.
Foi registrado também um motim no Instituto Penal Antonio Trindade e até o momento 87 presos fugiram.
As autoridades informaram que os 12 agentes penitenciários que foram mantidos reféns terminaram liberados após as negociações.
Os presos amotinados atiraram os cadáveres para fora do complexo
penitenciário. As autoridades ainda não confirmaram a identidade dessas
vítimas.
Autoridades locais investigam o caso e a principal suspeita é que uma briga entre duas facções rivais tenha motivado os motins.
Ministério da Justiça
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se manifestou nesta
segunda-feira (2) por meio de nota sobre a rebelião. Moraes disse na
nota que acompanhou o motim durante todo o tempo trocando informações
com o governador de Amazonas, José Melo de Oliveira. Disse ainda que se
colocou à disposição para o que fosse necessário.
Leia a íntegra da nota: