quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Estudo indica o potencial mineral de Pernambuco

Evento apontou novas potencialidades minerais no Nordeste/Foto: Kleyvson Santos
Com 60% de sua área geológica mapeada, Pernambuco foi contemplado terça-feira com mais um instrumento para ampliação do seu potencial mineral. É que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) promoveu, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), o lançamento do levantamento que tem como principal objetivo promover avanços no conhecimento sobre as áreas localizadas em Buíque e no sertão do Araripe. O trabalho aponta indícios de minerais que podem ser explorados no futuro.
Denominada de Folha de Buíque, o mapeamento geológico feito da região abrangeu uma área de 3 mil quilômetros quadrados. Graças a ele, foi descoberto que o território, localizado no semiárido pernambucano, cuja economia é baseada na agricultura, é muito promissor para a exploração de depósitos de minerais metálicos. Segundo o levantamento, na região, foram cadastradas 41 ocorrências consideradas inéditas. Entre elas, importantes anomalias de terras raras, enriquecidos notadamente em tório, matéria-prima de grande relevância econômica e estratégica, cuja produção mundial hoje concentra-se 97% na República Popular da China.

De acordo com a pesquisadora em geociência do CPRM no Recife, Maria Angélica, isso significa que, na região de Buíque existe uma tendência que aponta para o aparecimento de ouro e minerais que podem estimular o desenvolvimento da região. “Temos uma ocorrência de ouro na região, o que oferece novas opções para os interessados prospectarem", explica a pesquisadora ao completar que baseado nesse indicativo, já há empresa interessada em desbravar a área.
Segundo o geólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e coordenador do informe do Araripe, Geysson de Almeida Lages, apesar de manter a sua vocação natural para exploração de gipsita, utilizada na fabricação de gesso, o mapeamento apontou a existência de minerais com alta possibilidade de retorno financeiro. “O que destacamos lá foi a presença da celestita, um mineral que está presente na tecnologia, e é usado para dar coloração verde aos equipamentos tecnológicos", revelou.
De acordo com os geólogos presentes, além de facilitar o caminho para as mineradoras, que geralmente não encontram facilmente os locais que têm potencial para serem explorados, o mapeamento serve de base para ações de infraestrutura, mostrando as melhores regiões para construir uma pedreira e rodovias, por exemplo.
Por Folha de Pernambuco

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