quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Um pouco do vaqueiro Rarrá, por Tony Xavier o poeta do povo

Homenagem a Rarrá

O Vaqueiro Rarrá:
Um pouco do seu passado
Por Tony Xavier.

Foi lá pra os anos setenta
Na nossa velha cidade
Vivendo na juventude
Curtindo a mocidade
Sem luxo, fama ou riqueza,
Mas perto da natureza,
Um rio que deixou saudades.

Silêncio o grande presente
Sossego a grande riqueza
O lago não existia
E nem havia pobreza.
Na Boa Vista eu vivia,
Do outro lado a Bahia,
O  berço da natureza!

Família de Zé de Chico
Morava do lado de cá
Família de Zé Guilherme
Morava do lado de lá.
O Barco sempre existiu,
Para atravessar o rio
Para ir e pra voltar.

Não havia telefone
Nem fixo ou celular
Mas sempre havia um jeito
Para se comunicar.
Quando não tinha um apito,
O de cá dava um grito,
Para o de lá escutar.

E assim se resolvia
Com a comunicação
Cada um tinha seu rumo
Seguindo a direção.
E não faltava alegria,
Pernambuco ou Bahia,
Amigos feito irmãos.

Zé de Chico o meu pai
No trabalho artesanal
Fabricando suas telhas
Pra vender ao pessoal.
Um trabalho bem pesado,
Mas todos acostumados,
A ninguém fazia mal.

Zé Guilherme na Bahia
Já estava acostumado
Do gado tirava leite
Para vender no mercado.
E o seu filho Rarrá
Um vaqueiro popular,
Por todos admirado.

Ainda jovem Rarrá
Com vigor e energia
Pra correr atrás do gado
Não tinha horas nem dia
Vivia sempre no embalo,
Seu transporte um Cavalo,
E no rosto á alegria.

Eu lembro  perfeitamente
Que nas batalhas da vida.
Ele tinha com orgulho.
Um Cavalo de corrida
Com carinho e cuidado,
Deixava em nosso cercado,
E ia cuidar da lida.

Nas águas do Velho Chico
Com orgulho ele trazia
Amarrado na canoa
Transportando da Bahia.
Deixava em nosso cercado,
O belo Potro amarrado,
Porque tinha garantia.

Era ali seu passa tempo
O que ele mais gostava,
Sempre apostando no Potro
Quase tudo arriscava;
Era espetacular,
Ás apostas de Rarrá,
Com certeza ele ganhava

Um vaqueiro genial
Um ser humano arretado
Que trazia da bahia
Leite tirado do gado.
Para nós oferecia,
Com tamanha alegria,
Isso tem que ser lembrado

Com isso fica a saudade
De tudo quanto plantou
Da família, dos amigos,
Da batalha que enfrentou;
Do seu legado que existe,
Faz parte ficarmos tristes,
Mas sempre foi vencedor.

Com o surgimento do lago
Poucas vezes o encontrei
Mas daquele cara humilde,
que sempre o admirei.
Além de grande vaqueiro,
Um amigo, um guerreiro,
Que jamais esquecerei!

Hoje no alto brilhando
Deus reservou seu lugar.
Aqui em nós a saudade
De todos que vão lembrar,
Deus recebeu seu troféu,
Onde brilha Israel, 
O nosso gênio, Rarrá!


O Vaqueiro Rarrá
Por Tony Xavier o poeta do povo

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